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Comer ou não comer: qual é a relação entre longevidade e nutrição?

Mesmo que o assunto envelhecimento ainda seja um tabu na sociedade brasileira, a nutrição possui suas armas para poder trazer longevidade para a vida das pessoas que busquem uma alimentação saudável e equilibrada.

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Porto Alegre, RS 2/6/2020 –

Envelhecer ainda é um assunto tabu para grande parte das pessoas, seja num sentido de saúde, estética ou capacidades mentais. Nesse sentido, apesar da preocupação em torno da velhice, a população brasileira não é muito voltada para os cuidados preventivos para a o futuro; isto é, não se costuma pensar os cuidados com o corpo de modo a contemplar mais do que a estética do presente, como para um futuro saudável na velhice.

Por exemplo, quando se fala sobre cuidados com alimentação, regimes alimentares e nutrição, é comum que a maioria das pessoas pense em emagrecimento ou ganho de massa muscular, ou seja, em aparência, em tentativas de alcançar um padrão social de beleza, mas raramente a atenção com uma alimentação saudável é procurada com enfoque no objetivo de uma vida saudável para a construção de um futuro vigoroso.

Claro, o cuidado do corpo é sempre um cuidado de si, independentemente da finalidade, a preocupação com a alimentação saudável sempre representa algo positivo, no entanto, tal zelo não deveria surgir apenas no espaço-tempo de uma meta específica. O bem-estar proporcionado pela alimentação correta, deveria ser buscado com vistas a prolongar esse estado a outras fases da vida. Enquanto as pessoas buscam dietas com o propósito apenas de emagrecer – geralmente, as mesmas param quando o resultado objetivado é alcançado – e, ao mesmo tempo, temem o envelhecimento, elas não consideram readequar a dieta (recomendada por um profissional) para a longevidade, para uma vida mais saudável e para um envelhecimento tranquilo.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar os malefícios da má alimentação no decorrer da vida, ao que tange a vida adulta em si, os hábitos alimentares ruins nunca farão bem ao corpo, jamais trarão as disposições físicas de uma boa alimentação, entretanto, quando se fala sobre o “avançar do tempo”, isto é, do início do envelhecimento do corpo, quando o organismo passa a se tornar mais lento e não combate mais alguns fatores como anteriormente (o que acontece na média a partir dos 35 a 40 anos), doenças crônicas tendem a começar a despontar a partir da má alimentação como, por exemplo, a diabetes, obesidade, pressão alta e problemas relacionados ao coração.

Por outro lado, a alimentação balanceada, regular (em horários corretos e cotidianamente) e rica em consumo de frutas e legumes pode trazer vários benefícios no decorrer de toda a sua continuidade, desde o momento inicial em que a pessoa resolve a seguir até a sua velhice. Todavia, antes de ser comentado as especificidades desses benefícios, é importante ressaltar qual a definição do que é chamado aqui de alimentação saudável.

A alimentação saudável, diferentemente, do que é popularmente imaginado, não se trata de um consumo excessivo de vegetais. Na verdade, ela está ligada ao consumo de todos os grupos de alimento de forma balanceada, como proteínas, carboidratos, lipídios, vitaminas, minerais e fibras, posto que nenhum desses grupos ingeridos isoladamente irá oferecer tudo que o organismo necessita. Assim, seus critérios são: a variedade de alimentos como já citado; a valorização dos aspectos culturais, quer dizer, ela deve atender à culinária cultural de uma sociedade, devendo ter entre as suas recomendações a porção ideal para consumo de determinados alimentos, tal como sua forma de preparação; a garantia de sabor e de acessibilidade, outro ponto comumente mal interpretado, uma alimentação saudável não precisa ser baseada em itens caros, tampouco deve ser sem sabor ou ter sabor ruim, mas deve proporcionar uma alimentação barata e que possibilite diferentes e saborosas combinações; diversidade de cores, que nada mais é que a representação do consumo de frutas, legumes e verduras; e, por último, a harmonia entre os alimentos, esta refere-se à quantidade e qualidade dos alimentos de modo a suprir as necessidades nutricionais, sendo que essa pode ter uma alteração de indivíduo para indivíduo, o que exige a consulta de um especialista para que seja definida as necessidades de cada pessoa.

Em um aspecto mais geral, o ideal da alimentação saudável seria o consumo de 2000 kcal diárias, seguindo a pirâmide alimentar, que é dividida em 8 grupos: Grupo 1 (base da pirâmide, 1° andar) abarca os alimentos ricos em carboidratos como arroz integral, batata, batata-doce, aveia, cereais e milho-verde; o Grupo 2 (2° andar) refere-se a hortaliças, verduras e legumes, tal  como alface, abóbora, brócolis, couve, cenoura etc.; no Grupo 3 (2° andar) estão as frutas e os sucos naturais que, por sua vez, complementam as vitaminas oferecidas pelo grupo 2; Grupo 4 (3° andar) conta com os alimentos que fornecem proteínas. Assim, no grupo 4, se tem os alimentos ricos em proteínas, por exemplo, o leite e seus derivados, que são também fonte de cálcio; Grupo 5 (3° andar) é onde se aloja os alimentos com maiores concentração de proteína, por essa razão devem ser regrados por serem fonte de colesterol, como carne bovina, suína, peixes, aves e ovos; Grupo 6  (3° andar) o último grupo do andar das proteínas, abrange alimentos ricos em proteína vegetal, as leguminosas como feijão, lentilha, e soja e as oleaginosas como as castanhas e nozes; Grupo 7 (4° andar), topo da pirâmide, se volta para óleos e gorduras, estes por terem alto teor calórico, devem ser consumidos em mínimas porções; no Grupo 8 (4° andar) estão açúcares e doces, alimentos altamente calóricos que também devem ser consumidos em porções reduzidas. Assim, a quantidade de cada alimento diminui a cada andar em da pirâmide de baixo para cima.

Caso o indivíduo siga esta pirâmide para a construção de uma alimentação mais saudável, seus benefícios serão a perda de peso e manutenção de um peso saudável, bom funcionamento do intestino, cuidados com a saúde cardiovascular, prevenção e controle da diabetes, melhora do humor e memória e prevenção e combate ao câncer. Tais elementos citados já são a principal razão de uma velhice mais saudável, reduzindo algumas das principais razões que causam o medo da velhice, como os problemas de saúde, a memória ruim (sendo possível vir a se tornar uma doença específica), e a perda de energia.

Por fim, a reflexão final que se deixa é: que tipo de velhice se pretende ter? Não basta almejar a longevidade e continuar o consumo excessivo de porcarias. Esse é um convite para começar ainda hoje a repensar os hábitos alimentares. É importante lembrar que, para ainda se ter maior resultado de benefícios ao corpo a curto e longo prazo, o ideal é a combinação de uma alimentação saudável a exercícios físicos e, é claro, para ambos buscar sempre a melhor adequação ao seu corpo com o auxílio de profissionais da área. Envelhecer é um processo natural e inevitável do corpo humano, mas é opcional a forma de passar por esse processo. Um bom exemplo disso, é o trabalho da Debora Meireles, Nutricionista em Porto Alegre que atende com foco em Longevidade na nutrição de forma presencial e atualmente também online.

Website: https://deborameireles.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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