São Paulo 21/8/2020 – Não basta postar fotos bonitas com legendas de impacto, é preciso criar engajamento
Ao escutar a expressão “influenciador digital”, o que primeiro vem à cabeça é a imagem de celebridades com milhões de seguidores como Kylie Jenner e Kim Kardashian, as mais poderosas das redes sociais. Mas essas estrelas não brilham sozinhas quando se trata de influenciar o consumo global em diversos segmentos. Menos populares, mas muito mais acessíveis para empresas e seguidores, os microinfluenciadores são apontados como a bola da vez no mercado publicitário em todo o mundo.
Estima-se que, mensalmente, mais de 700 milhões de pessoas usam as redes sociais – seja no Facebook, Instagram ou YouTube. De acordo com um recente estudo realizado pela Sprout Social, cerca de 74% dos consumidores entrevistados se orientam por meio dessas redes para realizar uma compra, sendo que 84% tomam decisão com base nas opiniões de fontes confiáveis. “Isso mostra que os melhores influenciadores são aqueles que são percebidos como ‘pessoas comuns’, com experiências e opiniões próximas as do consumidor”, afirma o relatório.
Microinfluenciadores não são celebridades, especialistas ou figuras públicas típicas. Eles somam entre 5 mil e 100 mil seguidores e afetam a decisão de compra desse grupo compartilhando conteúdo pessoal, fotos de família e bichinhos de estimação, ao lado de dicas de produtos e serviços, muitos deles patrocinados por empresas de todos os segmentos. Nessa categoria, influenciadores podem faturar até 2 mil dólares por post. Segundo levantamento da Socialbakers, o mercado global de influenciadores movimentou cerca de 2 bilhões de reais em 2019.
O sucesso desse modelo de publicidade é o contato direto do influenciador com seus seguidores. “Procuro responder todas as perguntas e comentários, o que exige muita dedicação. O dia a dia de um influenciador digital é tão intenso quanto o de um departamento de atendimento ao consumidor em uma empresa”, diz a carioca Helena Hutchinson, que estuda marketing digital em Orlando, nos Estados Unidos. Com cerca de 1 milhão de seguidores no Instagram e um feed recheado de sorteios e dicas de produtos de beleza, ela se prepara para ensinar outros influenciadores a faturar nas redes sociais. “Não basta postar fotos bonitas com legendas de impacto, é preciso criar engajamento”, diz Helena, que já teve conteúdo repostado por ícones da internet como Carlinhos Maia, com mais de 16 milhões de seguidores no Instagram.
No início do ano, empresa de marketing Linqia, com sede na Califórnia, divulgou uma pesquisa com 200 profissionais de marketing de diversos setores. O relatório mostra que 78% das marcas planejam trabalhar com microinfluenciadores em 2020, destinando a eles 40% de seus orçamentos de marketing digital.
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