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Mercado de artes manuais e artesanato revela sinais de recuperação dos impactos do início da pandemia

Segunda fase de pesquisa encomendada pela WR São Paulo aponta recontratações e, apesar do aumento das compras online, a expectativa ainda é alta pela volta das feiras e eventos do setor.

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São Paulo 16/9/2020 – É impossível precisar o impacto financeiro do adiamento das feiras, em especial da Mega Artesanal que em 2019 recebeu 124 mil visitantes e 400 expositores

Passado o grande impacto econômico dos primeiros meses de 2020 por conta do fechamento das lojas físicas e cancelamento das feiras e eventos do setor de insumos para arte, artesanato e artes manuais, como os lojistas se organizaram para continuar suas vendas? Quais os formatos de fato eficazes para minimizar as perdas econômicas? Qual a situação atual e planos de futuro?

Para entender essas e outras questões, a WR São Paulo, realizadora da Mega Artesanal, a maior feira de produtos e técnicas para arte, artesanato e artes manuais da América Latina, realizou em agosto uma segunda rodada da pesquisa realizada em abril com seus expositores. Algumas informações novas ganharam destaque:

  • As empresas que demitiram funcionários no início da pandemia já estão recontratando.
  • A adoção do WhatsApp como canal foi o novo recurso que mais converteu vendas para 65% dos entrevistados.
  • 80% dos empresários (de todos os portes) tiveram aumento ou manutenção do volume de vendas online.
  • Quase 70% perceberam aumento no faturamento dos canais online
  • Tecidos e papéis continuam na lista dos itens mais procurados desde o início da pandemia.
  • 65,7% viram chegar novos clientes

Por meio das cinco feiras realizadas anualmente no país, a WR São Paulo é um grande motor do segmento. Há 18 anos atua no mercado e reúne fabricantes, lojistas, ateliês e artesãos apresentando tudo para quem faz ou gosta de artes manuais e artesanato. “É impossível precisar o impacto financeiro do adiamento das feiras de 2020, em especial da Mega Artesanal que em 2019 recebeu 124 mil visitantes e 400 expositores. Pela pesquisa ficou muito claro que quem se adaptou mais rapidamente, ou já tinha uma forte presença digital, sofreu menos e se recuperou mais rápido”, explica Rita Mazzotti, diretora da WR São Paulo. 

O WhatsApp desponta como nova ferramenta adotada que mais converteu vendas: 65% dos entrevistados só adotaram o aplicativo após a pandemia e perceberam que o atendimento ao cliente e a conversão aconteciam com maior facilidade por lá.

De acordo com o especialista em vendas online, Gustavo Chapchap, líder do comitê de e-commerce da Associação Brasileira dos Agentes Digitais (ABRADi) e CMO da Jet / Zap Commerce, o sucesso deve-se ao fato do app oferecer muito mais vantagens na interação. “Uma grande vantagem do WhatsApp é o fato de já estar instalado em 99% dos celulares brasileiros e ser o app mais usado de todos. Além disso, ele permite uma venda ativa a partir do celular; ou seja, numa loja com 15 vendedores, são 15 pessoas trabalhando ativamente. No Instagram, por exemplo, você posta uma foto de um produto ou vídeo e espera o consumidor entrar em contato. No WhatsApp, é o vendedor quem inicia a conversa”, explica. 

O especialista em vendas digitais também destaca o fator humano como diferencial de sucesso e o poder de vendas do vendedor. “Com o WhatsApp o engajamento é mais rápido e a conversa é mais pessoal, com possibilidade recursos extensivos como áudio, vídeo, fotos e ainda ligar em vídeo por exemplo, se a pessoa quiser ver o produto ao vivo. Mandar um áudio aumenta a credibilidade, permite a venda consultiva e esclarece dúvidas comuns sobre aplicações, medidas, cores, texturas, e outras, que na venda online são sempre mais difíceis. No caso de haver vendedores, que já estão nos custos, eles se transformam em agentes de marketing, utilizam sua credibilidade e network para atraírem e converterem clientes”, explica Gustavo Chapchap.

CONTRATAÇÕES

Sete entrevistados tiveram que promover demissões no período entre março e maio, mas cinco já contrataram ou estão em processo de recrutamento de novos colaboradores, como é o caso da Cel Máquinas, por exemplo. A revendedora de máquinas de bordado e costura precisou demitir dois funcionários no começo da pandemia, mas já contratou dois novos no último mês. 

METODOLOGIA

No período de 20 a 31 de agosto de 2020, a WR São Paulo aplicou um questionário a seus expositores de pelo menos uma das feiras que a empresa realizou nas cidades de São Paulo, Olinda e Porto Alegre: Patch & Arte São Paulo, Brazil Patchwork & Scrapbooking Show, Artesanal Nordeste, Artesanal Sul e Mega Artesanal. Os questionários foram preenchidos por empresários, desde grandes nomes a microempresas da indústria e do comércio de insumos.

Sobre a WR São Paulo – Especializada na promoção e organização de feiras e congressos, nacionais e internacionais, iniciou suas atividades em 1992, com a realização de eventos para o setor florestal. Em 2003, entrou no setor de arte, artesanato e artes manuais e, desde então, responde pela realização das principais feiras do setor, com ênfase na oferta de cursos, oficinas e workshops para capacitação e reciclagem de técnicas e de espaços de inspiração, com exposições, simulações de ambientes, instalações etc. 

Mais informações em https://www.wrsaopaulo.com.br/

Website: https://www.wrsaopaulo.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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