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Incêndio em ambientes hospitalares: o que pode ser feito para minimizar riscos e proteger vidas

Segundo a Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, só em 2019 o Brasil registrou 32 incêndios de grandes proporções em unidades hospitalares

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São Paulo, SP. 1/10/2020 – Uma das medidas de segurança que pode ajudar muito nesses momentos são rotas de fuga nos hospitais, que ajudam em uma evacuação mais rápida

O ambiente hospitalar é um dos poucos lugares onde existem os mais variados riscos. Lá, é possível encontrar riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, sendo necessária toda a precaução possível. No entanto, além dos perigos já pré-existentes, é necessário o cuidado em dobro com manutenção predial e instalação de equipamentos de prevenção contra incêndios e outras emergências.

Em tempos de pandemia, o nível de ocupação desses locais chega quase ao seu ponto máximo, podendo até sobrecarregar um sistema que não está preparado. Neste ano, aconteceram exemplos de casos no Amapá, Ceará, Paraíba e, mais recentemente, em Brasília.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Sprinklers (ABSpk), Felipe Melo, especialista em medidas de proteção contra incêndios e emergências, motivos ligados à rede elétrica é uma das causas mais comuns nas ocorrências. “Além de problemas com soldas de ar-condicionado, é comum vermos casos envolvendo coifa de cozinha, devido a acúmulos em dutos de ventilação ou até mesmo em fritadeiras”, explicou. Por isso, a atenção deve ser redobrada.

“Uma das medidas de segurança que pode ajudar muito nesses momentos são rotas de fuga nos hospitais, que ajudam em uma evacuação mais rápida, e a adoção de chuveiros automáticos, chamados de sprinklers, que controlam o incêndio logo no início e inibem a formação de fumaça tóxica, dando tempo e visibilidade para a evacuação do espaço, minimizando os riscos”, aconselhou.

Além disso, os projetos arquitetônicos hospitalares atuais devem levar em consideração as normas de emergência, visando à aprovação da estrutura perante órgãos reguladores. Para prevenir incêndios de forma eficiente, é necessário ter um planejamento mais detalhado, que considere receber apoio de engenheiros com maior vivência de segurança contra incêndios desde o início, estabelecendo opções de proteção em casos de ocupantes com pouca ou nenhuma opção de mobilidade. 

Em 2014, a Anvisa lançou o manual de segurança contra incêndio em hospitais e afirma que incêndios de diversas magnitudes em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde no Brasil podem representar 3.200 ocorrências ao ano, ou cerca de 270 incêndios ao mês.

É fato que a ocorrência de incêndios se dão por fatores diversos, muitas vezes difíceis de se prever. Mas, ao seguir corretamente as orientações dos órgãos competentes e investindo em instalação e manutenção dos equipamentos é possível realizar a preservação de vidas e de patrimônios.

Website: http://www.abspk.org.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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