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Home office impulsiona estrangeiros a buscar aulas de português do Brasil

O home office facilitou o intercâmbio cultural entre os funcionários espalhados em vários países, antes sendo possível apenas com viagens internacionais. Em consequência dessa nova adaptação, os executivos buscaram através do idioma, melhorar a comunicação com colegas brasileiros

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Brasil 8/1/2021 – “Percebemos que a busca por português para estrangeiros aumentou, em especial, voltado aos negócios”

A pandemia foi a maior responsável pela implementação rápida do trabalho remoto nas empresas e estreitou os laços de profissionais de diversos países a um clique de distância. Se antes era necessária a expatriação de um executivo, hoje a internet facilitou a relação entre profissionais estrangeiros dentro de uma mesma empresa, porém em regiões distantes.

Essa tendência continuará forte mesmo após o plano de vacinação nos países, como mostra a recente pesquisa mundial feita pela empresa Gartner (líder mundial em pesquisa e orientação): mais de 80% das 127 empresas consultadas disseram que pretendem incorporar trabalho remoto em alguns turnos da semana, mesmo quando já for seguro retornar aos escritórios. 

Se por um lado o corte de gastos foi o principal motivo dessa tendência, por outro, as empresas notaram melhor aceitação, pelos funcionários, da redução de tempo em locomoção até o escritório. Além disso, o home office facilitou o intercâmbio cultural entre os funcionários espalhados em vários países, antes sendo possível apenas com viagens internacionais. 

Em consequência dessa nova adaptação, os executivos buscaram através do idioma, melhorar a comunicação com seus colegas brasileiros de trabalho. É o caso de Guillermo Suárez, profissional da área de TI, que resolveu aprender português do Brasil para melhorar suas apresentações para o público da filial de São Paulo.

“A princípio achei que me comunicaria bem em espanhol com os brasileiros”, diz o uruguaio Suárez, que trabalha em uma empresa com filial no Brasil. “Logo percebi que as aulas de português para estrangeiros eram necessárias, pois existem muitas expressões usadas em espanhol que não têm tradução ou algo similar em português.” 

A experiência do idioma ainda vai além: “Até participo de happy hours virtuais promovidos pela empresa”, diz Suárez.”É divertido e melhoro o meu vocabulário enquanto batemos papo de forma descontraída!”

A busca por cursos de português para estrangeiros (Portuguese for Foreigners) aumentou 30% no segundo semestre de 2020, impulsionando novidades nas escolas de idiomas.

“Percebemos que a busca por português para estrangeiros aumentou, em especial, voltado aos negócios”, diz Mariza Gottdank, fundadora da Dank Idiomas, franquia com unidades espalhadas em todo o Brasil e no exterior.

“Não tínhamos uma opção de material no mercado que desse foco ao português do Brasil usado para negócios (Brazilian Portuguese for Business), então criamos nosso próprio material para que o profissional possa ter o mínimo de comunicação em suas viagens ou negociações no Brasil”, diz Mariza.

Os franqueados da rede, antes acostumados apenas com idiomas mais procurados como inglês e espanhol, passaram por uma adaptação na forma de ensinar, incluindo detalhes culturais das grandes capitais brasileiras. 

“Minha experiência dando aulas de Português para estrangeiros tem sido muito interessante e produtiva”, diz Agenor Ustulin Jr., franqueado da unidade Dank Idiomas em Bauru – interior de São Paulo. “Tenho um aluno on-line em Quito, Equador, que é Venezuelano de família Italiana e fala tanto Espanhol quanto Italiano. O conhecimento dele nessas línguas tem facilitado muito o seu aprendizado”.

Ainda de acordo com a fundadora da Dank Idiomas, as aulas proporcionam ao aluno não só conhecimento do idioma, como também oportunidades de fazer novos negócios no mercado brasileiro e estreitando laços culturais.

Website: http://www.dankidiomas.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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