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Avanço e perspectivas para o setor de energia solar no Brasil para os próximos anos

Destaque no setor de energia renováveis, Bárbara Rubim comentou suas expectativas sobre a criação do marco legal da geração distribuída no Brasil.

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São Paulo, SP 12/1/2021 –

Bárbara Rubim é vice-presidente do Conselho de Administração da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Além disso, é CEO da empresa Bright Strategies, membro da Comissão de Infraestrutura da OAB Nacional e Diretora do Departamento de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Graduada em Direito pela PUC Minas e com MBA em Finanças e Estratégias de Negócio pela FAGEN (UFU), Bárbara é apaixonada pelo setor elétrico e está há mais de oito anos trabalhando para acelerar a transição para um futuro que seja movido 100% por energias sustentáveis, compartilhando conhecimento para investidores e empresas a fim de desenvolverem os melhores modelos de negócios para os seus projetos, e atuando junto ao poder público para o desenvolvimento de políticas públicas para o setor.

Bárbara Rubim concedeu uma entrevista ao site da Ilumisol Energia Solar para falar sobre o avanço dos últimos tempos no setor de energia solar. Na oportunidade, a executiva realizou uma retrospectiva do mercado fotovoltaico em 2020 e comentou sobre as perspectivas para o setor de energias renováveis no Brasil para os próximos anos.

A seguir a entrevista na íntegra:

Ilumisol Energia Solar (IES): A energia fotovoltaica vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Na sua visão, esse crescimento é devido a quê?

Bárbara Rubim (BR): São dois pontos que conjugados explicam esse crescimento tão grande. O primeiro é a explosão tarifária. Ao longo dos últimos cinco anos o brasileiro viu um aumento tarifário expressivo, em todas as áreas de concessão. Gastando mais com a conta de luz, a fatura da energia elétrica tem se tornado um ponto mais impactante no orçamento do consumidor e isso faz com que ele busque soluções de economia. E é aí que entra a energia solar, que ao contrário da conta de luz tem passado por uma queda de preço. Nos últimos 10 anos o preço de um módulo fotovoltaico caiu cerca de 80%, e isso faz com que a geração própria já seja um investimento que se paga em cerca de cinco anos. É muito atrativo sobretudo frente a outros investimentos e mesmo frente à realidade de outros mercados internacionais. E o segundo fator é exatamente o do ganho de consciência, o consumidor de energia elétrica também quer ter o papel ativo junto ao setor de maneira geral, além de um papel social ativo. Com a amplitude que a sustentabilidade tem ganhado, a geração própria de energia se mostra como uma ótima maneira de o brasileiro conseguir contribuir com esse movimento em prol de uma maior sustentabilidade.

IES: Quantas empresas hoje existem no Brasil de instalação de energia solar distribuída? Qual a importância dessas empresas?

BR: Hoje, temos em média 17 mil empresas, de todo porte, atuando no segmento de geração distribuída no Brasil. Elas têm um papel muito importante, porque são elas que difundem a energia solar Brasil adentro e fazem com que a gente consiga ter o desenvolvimento do setor e uma geração de emprego também descentralizada. Diferente de outras fontes que são de maior porte ou que só são viáveis para um empreendimento de grande porte. Ou seja, o fato de a energia solar se viabilizar com qualquer tipo de porte de investimento faz com que a gente tenha também uma maior geração de emprego e a movimentação de renda acontecendo de forma descentralizada no país.

IES: Ainda há perspectivas de crescimento e de expansão dessas empresas no Brasil?

BR: Com certeza! O segmento de geração distribuída de energia solar fotovoltaica está só começando. O Brasil tem um potencial enorme nos telhados brasileiros, mas também nas propriedades rurais, nas áreas industriais. O que vimos de crescimento até agora com um pouco mais de 4GW de capacidade instalada, ao longo dos últimos oito anos, ainda é muito pouco perto do potencial que o Brasil tem. Esperamos um crescimento muito acentuado da fonte nos próximos anos, sobretudo se conseguirmos assegurar, com o auxílio do Congresso Nacional, a manutenção das regras do sistema de compensação tal qual estão hoje até que tenhamos uma penetração do crescimento da geração distribuída de energia solar fotovoltaica significativa no Brasil.

IES: O que esperar do setor fotovoltaico para 2021?

BR: O ano de 2021 será bastante movimentado para o setor fotovoltaico, sobretudo para a geração distribuída. É o ano em que deve ser concluído o processo de revisão da resolução da normativa 482, que é a norma da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) que efetivamente permite a todo consumidor gerar a própria energia a partir de fontes renováveis. Nós temos previsão que esse processo seja concluído no primeiro semestre de 2021, e a perspectiva de que o projeto de lei que traz o marco legal da geração distribuída seja pautado no plenário da Câmara já no primeiro trimestre. Sem dúvida nenhuma é um ano que guarda acontecimentos importantes para o setor.

Ilumisol Energia Solar 

A Ilumisol® nasceu da ideia dos seus criadores de oferecer um produto inovador e em alta no mercado. Os módulos solares são, hoje, um produto inovador e está em alta no mercado, devido à surpreendente economia gerada por eles. Nosso foco está em sempre esclarecer todas as dúvidas apresentadas pelo cliente, desde o primeiro contato, passando pela análise de viabilidade de instalação e até mesmo após a entrega dos serviços prestados. 

www.ilumisolenergiasolar.com.br 

Website: http://www.ilumisolenergiasolar.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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