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Segurança digital ainda esbarra no comportamento das pessoas

Quanto se pode perder de informação é a pergunta que todos deveriam se fazer, diz o especialista em TI Adriano Filadoro, diretor-presidente da Online Data Cloud.

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9/2/2021 – Infelizmente, todos estamos sendo seguidos por hackers. Alguns amadores, outros bastante profissionais.

O ano de 2020 foi marcado desde o início não somente pela pandemia de Covid-19, que ainda afeta 219 países e territórios. Mas também pela aceleração da transformação digital. Com pelo menos 30% das empresas trabalhando em sistema home office, o mundo se tornou ainda mais online. As pessoas pagam contas, transferem dinheiro e contratam empréstimos sem precisar ir ao banco. Estudam e fazem provas sem precisar ir à escola. Se reúnem com parceiros de trabalho e clientes sem precisar sair de casa. Nesse período recente cresceu demais os serviços de entretenimento. As pessoas compram músicas, filmes, palestras e até peças de teatro – tudo online. Farmácia, supermercado e delivery de comida são campeões nas contas de cartão de crédito. Mas tudo isso tem um preço: segurança.

De acordo com Adriano Filadoro, diretor-presidente da Online Data Cloud, toda essa conveniência que o mundo digital proporciona tem seus riscos. “Infelizmente, todos estamos sendo seguidos por hackers. Alguns amadores, outros bastante profissionais. Se, por um lado, existem aqueles fanfarrões prontos para capturar e divulgar fotos íntimas de famosos nas redes, por outro lado, hoje em dia existe até mesmo a possibilidade de se contratar serviços que infectam computadores de grandes corporações com o objetivo de enfraquecer a concorrência. Não se trata mais de ‘se’ os seus dados serão violados, mas de ‘quando’ isso vai acontecer. Mais importante: pessoas e empresas têm de se perguntar quanto de informação estão dispostos a perder”.

Filadoro diz que ainda que a indústria de TI (tecnologia da informação) esteja atenta a todas as movimentações fraudulentas, havendo várias soluções de acordo com necessidades específicas, há que se levar em conta que se trata de uma briga de gato e rato. Ou seja, hackers estão sempre tentando invadir sistemas. Quando conseguem, é preciso de um tempo para recuperar as informações perdidas. “Uma pessoa pode não recuperar fotos ou documentos que não contavam com back-up ou armazenamento na. nuvem. Uma empresa pode passar um dia todo off-line até que se possa restaurar o sistema. Mas há negócios que não dispõem sequer de dez minutos fora do ar, caso contrário a perda financeira – bem como reputacional – é imensa. É o status das informações que determina o ponto de recuperação”.

Para o executivo, além de contar com inúmeras soluções de back-up na nuvem e recuperação de desastres, as empresas ainda têm de fazer um trabalho intenso de conscientização junto à sua força de trabalho. “Podemos limitar o acesso dos notebooks de uma empresa a sites de conteúdo adulto ou inapropriados. Podemos, também, monitorar o tráfego de uma empresa para detectar qual máquina é responsável por tornar todos os processos mais lentos. Podemos até mesmo interceptar más condutas individuais. Mas a mensagem mais importante ainda é: Fique longe do ‘clique aqui’. É nesse segundo antes de a pessoa apertar a tecla que deve falar mais alto o bom senso. Ou seja, ninguém deve ser tão ingênuo a ponto de achar que pode levar vantagem clicando num link enviado por e-mail. Também não deve clicar por medo de uma conta vencida ou uma multa qualquer. Tudo isso pode ser checado nos aplicativos das empresas, sem precisar clicar em links maliciosos. É através do convencimento das pessoas que as ferramentas disponíveis para evitar perdas e danos se tornam fortes aliadas”.

Fonte: Adriano Filadoro, diretor-presidente da Online Data Cloud – empresa especializada em nuvem, com 25 anos de atuação.

Website: http://www.onlinedatacloud.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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