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Profissionais de TI notam aumento no número de mulheres no setor

De acordo com o estudo realizado pela Assepro -PR e o Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná, a participação de mulheres no setor de TI cresceu 11% no Brasil entre os anos de 2007 e de 2017

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Curitiba pr 26/2/2021 – Historicamente o conhecimento técnico sempre foi dominado pelo gênero masculino, na Tecnologia da Informação não seria diferente. Acredito que, com a descoberta

Antes mesmo das mulheres adentrarem no mercado formal de trabalho, alguns setores foram considerados mais masculinos ou femininos. Com a chegada do século XXI e a mudança comportamental da sociedade, homens e mulheres passam a ocupar, cada vez mais, os mesmos espaços e cargos constituindo, assim, equipes mistas de trabalho.

Para a analista de sistemas da Nexcore Tecnologia, Angela Machado, as mulheres estão ocupando mais espaço na área de exatas. “Historicamente o conhecimento técnico sempre foi dominado pelo gênero masculino, na Tecnologia da Informação não seria diferente. Acredito que, com a descoberta dos múltiplos tipos de inteligência nas últimas décadas, estamos conseguindo virar este jogo e conquistando a igualdade em amplos setores da sociedade”, ressalta.

De acordo com o estudo realizado pela Assepro -PR e o Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná, a participação de mulheres no setor de TI cresceu 11% no Brasil entre os anos de 2007 e de 2017.

Outro levantamento, desta vez feita pela Women in the Workplace em 2019, comprova o crescimento. Segundo o levantamento, a atuação de mulheres no setor de TI cresceu 24%, nos últimos cinco anos.

Mauricio Junior, desenvolvedor no setor de TI da empresa, também percebeu que o interesse das mulheres pela área de tecnologia tem aumentado nos últimos tempos. “Na primeira vez que ingressei na faculdade só tinham quatro mulheres para uma sala com aproximadamente 60 homens, mas quando retornei para a graduação percebi um grande movimento feminino, fazendo vários encontros para conversar sobre TI, ensinar e aprender a codificar a quem tinha interesse”, conta.

Esse movimento construiu no ambiente corporativo – ou deveria estar construindo – a cultura da complementaridade, da atuação com objetivos comuns, dos trabalhos conjuntos. Silvia Ribeiro, recursos humanos da Nexcore, reforça que a presença feminina de fato está crescendo nos setores técnicos. Apesar das mulheres ainda ocuparem – em maior número – vagas ligadas às áreas administrativa, comercial, humanas, qualidade, treinamento ou marketing. A profissional vê essa situação como uma oportunidade de as pessoas contribuírem de formas distintas.

“Hoje na empresa temos mais homens trabalhando na parte tecnológica, ainda, mas não fazemos distinção no momento da contratação, isso não é um fator relevante. A personalidade da pessoa e suas habilidades na TI costumam contar muito mais para a execução do trabalho e os relacionamentos profissionais”, explica a RH. Ela ainda acredita que a formação de equipes mistas possibilita misturar as habilidades femininas e masculinas para alcançar os objetivos da empresa com maior excelência e de uma maneira mais rápida.

Silvia Ribeiro acredita que mesmo dentro de uma área de trabalho semelhante, ou em um mesmo cargo, diferentes perfis não dependem de gênero. “Há muitas características que são ditas mais masculinas ou femininas, mas observo que elas têm mais a ver é com a bagagem de vida da pessoa, suas escolhas e reações ao que se propõe executar”, explica. Para ela um complementa o outro e as experiências trazidas por cada pessoa ajudam a ter uma visão maior do negócio.

O desenvolvedor de TI destaca que, por mais que os homens sejam maioria no ambiente de TI, ele sempre trabalhou com equipes mistas. Acredita ainda que primeiro passo em busca de um ambiente profissional melhor para todos já foi dado, com movimentos a favor da igualdade de salários e por respeito e igualdade nas empresas. Mauricio Junior também explica que essa cultura deve vir desde a infância. “Creio que há a necessidade de ensinar na educação primaria à diferença que a TI pode trazer para o presente e futuro, assim as crianças, seja do sexo feminino ou masculino, passam a interessar não apenas por TI, mas por ciências em geral”, finaliza.

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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