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Câncer colorretal: alto consumo de bebidas açucaradas têm relação, diz estudo

Segundo pesquisa, mulheres com menos de 50 anos que consomem diariamente duas ou mais doses de bebidas açucaradas tinham duas vezes mais chances de desenvolver câncer colorretal em relação àquelas que ingeriam apenas uma porção por semana

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São Paulo – SP 22/9/2021 – Precisamos ter em mente que nós somos o que nós comemos, então é preciso reduzir ao máximo o consumo de alimentos ultraprocessados

Segundo pesquisa, mulheres com menos de 50 anos que consomem diariamente duas ou mais doses de bebidas açucaradas tinham duas vezes mais chances de desenvolver câncer colorretal em relação àquelas que ingeriam apenas uma porção por semana

A notícia recente de que Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, passou por uma cirurgia de retirada de um tumor no cólon trouxe à pauta o debate sobre o câncer de intestino (colorretal) que, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), é responsável por cerca de 20 mil mortes no Brasil todos os anos. O procedimento cirúrgico realizado no “Rei do Futebol” coincidiu com a repercussão de um estudo realizado pela Escola de Medicina da Universidade de Washington e publicado no periódico científico Gut, que apontou a relação entre o alto consumo de bebidas açucaradas com a incidência da doença em jovens adultos.

De acordo com a pesquisa, mulheres com menos de 50 anos que consomem diariamente duas ou mais doses de bebidas açucaradas tinham duas vezes mais chances de desenvolver câncer colorretal em relação àquelas que ingeriam apenas uma porção por semana. O trabalho científico concluiu, ainda, que há um aumento de 16% na probabilidade de desenvolver o tumor a cada porção (350 ml) diária de bebida açucarada consumida por mulheres adultas – em jovens e adolescentes, o consumo de bebidas como refrigerantes pode ser ainda mais nocivo à saúde, sendo elevado em até 32% o risco de desenvolvimento câncer colorretal antes dos 50 anos a cada dose diária ingerida.

O sangramento nas fezes, dor abdominal, perda de peso, fraqueza, anemia e mudança de hábito intestinal, de acordo com especialistas, são alguns dos sintomas que podem sinalizar o câncer colorretal, doença que compromete a região do intestino grosso (cólon) e do reto (localizado no final do intestino, antes do ânus). Trata-se, segundo o Inca, do terceiro tipo de câncer mais recorrente entre os homens (atrás dos de pulmão e de próstata) e o segundo entre as mulheres (atrás apenas do câncer de mama).

Sedentarismo e má alimentação: hábitos a serem evitados

Considerado uma doença evitável para uma parcela da população, já que seus principais fatores de risco são a obesidade, má alimentação, tabagismo e o sedentarismo, o câncer colorretal ocorre, na maioria das vezes, em pessoas com mais de 50 anos. 

Entretanto, a doença vem ocorrendo também em pessoas mais jovens nas últimas décadas. Mesmo sem antecedentes familiares, a enfermidade obriga a realização de colonoscopia preventiva para o screening/pesquisa a partir de 30/35 anos de idade caso os sintomas gastrointestinais apareçam, e a partir de 45 anos para os assintomáticos, uma vez a cada 5 anos. Para o cirurgião médico, Marcon Censoni, bebidas açucaradas como refrigerantes, devem ser consumidas com muita moderação, sendo recomendável que, sempre que possível, sejam substituídas por sucos naturais.

“Precisamos ter em mente que nós somos o que nós comemos, então é preciso reduzir ao máximo o consumo de alimentos ultraprocessados e praticar o hábito de sempre comer frutas, legumes e verduras”, afirma o médico. A prática regular de atividades físicas, acrescenta o Dr. Censoni, “ajuda muito a diminuir as chances de desenvolvimento da doença”.

Entre outras recomendações feitas pelo Inca para a prevenção da doença estão: consumir cereais integrais (como arroz, pães, aveia e cevada); beber pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia, não consumir bebidas alcoólicas e não fumar.

O Dr. Censoni cita, ainda, um estudo realizado pelo órgão estadunidense NCI (National Cancer Institute), que indicou que, na década de 1990, a taxa desta doença mais do que dobrou entre adultos com menos de 50 anos. “A conclusão dos pesquisadores na análise daqueles dados indicou que dietas pouco saudáveis foram determinantes nessa alta incidência”, diz.

Tal conclusão foi referendada por uma pesquisa publicada em abril de 2018 pela revista Obesity, obtida a partir da revisão de mais de 100 estudos anteriormente realizados: em 50% dos casos de jovens adultos com câncer colorretal avaliados foi apontada a ocorrência de sobrepeso, e, em 17% deles, índices de IMC indicando obesidade.

Para mais informações, basta acessar o site do Dr. Marcon Censoni.

Website: http://www.drmc.com.br/

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