20/1/2022 – Para além das altas temperaturas, as baratas precisam de água, abrigo, um acesso ao interior dos imóveis e alimento. Por isso, vale redobrar a atenção
São Paulo registra 27,2 mil acidentes com escorpiões em 2021; especialista explica como prevenir infestações de baratas e dedetizar restaurantes, condomínios, empresas e casas
Com o verão, vêm as altas temperaturas e a maior incidência de pragas e insetos, como as baratas. A estação, que no Brasil é marcada por dias quentes e úmidos, reúne as condições específicas para a reprodução desses insetos, que têm o metabolismo acelerado e chegam à maturidade sexual de forma precoce.
A proliferação de baratas acende o alerta contra os escorpiões, predadores naturais desses insetos. De janeiro a novembro de 2021, foram registrados 27,2 mil acidentes com invertebrados e cinco óbitos em investigação apenas no estado de São Paulo, segundo informações da Secretaria Estadual da Saúde.
A nível nacional, foram 149,7 mil registros de acidentes com escorpiões no país em 2020, conforme informações do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. A região Sudeste lidera o número de ocorrências, com 70,9 mil casos, à frente do Nordeste, com 58,7 mil.
Conhecida como “baratinha”, “francesinha” ou “paulistinha”, a Blatella germanica é uma das duas espécies mais comuns nas áreas urbanas de diversas regiões do país. Trata-se de um inseto menor e que marca presença em cozinhas residenciais, empresas e, até mesmo, em veículos de transporte público, como ônibus, trens e metrôs.
Já a Periplaneta americana, apelidada de “cascuda”, “vermelha” e “voadora” é bem maior, com prevalência em sistemas de esgoto. Diferentemente da primeira, que come os restos de alimentos e pode ser considerada doméstica, a americana se alimenta de fezes e, por isso, é menos vista em residências.
Especialista explica como proteger espaços das baratas mais comuns
Gleison Pinheiro, diretor da PUMJIL, empresa que presta serviços de dedetização, descupinização e controle de pragas em São Paulo, SP, afirma que as baratas, assim como outras pragas urbanas, aumentam em épocas mais quentes e chuvosas, o que exige que as pessoas adotem uma série de medidas preventivas.
“Em casa, é necessário manter espaços como cozinhas, despensas e armários sempre limpos. Além disso, é preciso retirar todo o lixo, com o cuidado de não deixar pequenos restos para trás, já que as chamadas ‘baratinhas’ se alimentam de sobras de comida. Além disso, vale priorizar lixeiras com tampa”, aconselha.
Pinheiro também sugere que, pensando nas baratas “cascudas”, que circulam nos esgotos, é recomendado manter os ralos dos banheiros tapados, fechar rachaduras nas paredes, forros e azulejos e caprichar na limpeza. “Para além das altas temperaturas, as baratas precisam de água, abrigo, um acesso ao interior dos imóveis e alimento. Por isso, vale redobrar a atenção a esses detalhes”.
O especialista observa que, mesmo com todos os cuidados, é comum que os insetos apareçam nesta época do ano. “As baratas podem aparecer mesmo que os ambientes estejam limpos e arrumados. Neste momento, vale destacar que os inseticidas populares, que são facilmente encontrados no varejo, consistem em uma medida paliativa, isto é, que não serve para controlar infestações”.
Assim, prossegue, para resolver o problema com segurança, é necessário recorrer a uma equipe de dedetização profissional. “Hoje em dia, é possível encontrar tutoriais na internet com facilidade, mas os riscos de exposição a produtos químicos representam um grande perigo para as pessoas, além de animais e plantas”.
Dedetização varia para restaurantes, condomínios, empresas e casas
O diretor da PUMJIL explica que o tempo recomendável para que sejam feitos serviços de dedetização varia de acordo com cada situação. “Restaurantes devem ser dedetizados a cada três meses e condomínios a cada 6 meses. Da mesma forma, empresas e casas devem receber um serviço de dedetização profissional a cada seis meses para garantir que todos os ambientes ficarão livres de baratas e outros insetos e pragas”.
Pinheiro afirma que as técnicas de dedetização têm evoluído ao longo dos anos, graças aos esforços de técnicos químicos que buscam desenvolver produtos que não prejudicam os pets, não irradiam cheiro e, muito menos, comprometem a saúde ou causam irritações nas peles das pessoas.
Segundo o especialista, entre as expectativas do setor, espera-se que os órgãos de vigilância sanitária se tornem mais atuantes nas cidades brasileiras, já que, com uma fiscalização maior, as empresas de dedetização poderão trabalhar e emitir certificados, o que tem uma contribuição efetiva para a sociedade como um todo.
“A fiscalização dos órgãos deve garantir que a população fique protegida de todos os perigos que envolvem as pragas urbanas, como a transmissão de doenças e, até mesmo, o risco de vida, já que os escorpiões – predadores das baratas – representam uma grande ameaça para a vida humana”, finaliza.
Para mais informações, basta acessar: https://pumjil.com.br/
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