Maringá-PR 16/3/2022 – Mais de 73% da população brasileira deseja instalar energia solar em casa. A alta dos preços da energia elétrica e o novo Marco Legal da GD impulsionam o setor
Com a aprovação do Marco Legal da Geração Distribuída, este ano se mostra o mais vantajoso para aderir à energia solar. Neste cenário promissor, são esperados R$ 51 bilhões em investimentos e as vendas de geradores de energia solar crescem exponencialmente
O ano de 2022 desperta expectativas de crescimento para a energia solar no Brasil, em especial para a geração distribuída. Com a aprovação do Marco Legal da Geração Distribuída (Lei n° 14.300/2022), publicado em 6 de janeiro, este ano se mostra o mais vantajoso para aderir à energia solar, pois as novas taxas só passam a valer em 2045 para quem adquirir seu gerador ainda em 2022.
Com isto, o crescimento do setor vem sendo nítido. De acordo com dados coletados no site da ANEEL, até dezembro de 2021, o país já contava com 404.733 geradores ON GRID instalados em residências ou empresas brasileiras.
Segundo a ABSOLAR, os novos investimentos na área ultrapassam 74,6 bilhões de reais, entre grandes usinas e sistemas de geração de energia, gerando mais de 420 mil empregos acumulados desde 2012. Além disso, foi evitada a emissão de 18,0 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Hoje, as usinas solares são a sexta maior fonte de geração do Brasil, presentes em todas as regiões do país. Ainda em março de 2022, o país ultrapassou a marca de 14 GW de potência, somando grandes usinas e geração própria em telhados. Assim, a energia solar alcançou a potência instalada da usina hidrelétrica de Itaipu, segundo mapeamento da ABSOLAR divulgado neste mês de março em reportagem para a CNN Brasil. A associação informou este dado ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Quando somadas as capacidades das grandes usinas e da geração própria, a fonte solar ocupa o quinto lugar, e já ultrapassou também a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros fósseis.
Potência equivalente à usina de Itaipu
Ainda segundo a ABSOLAR, a marca de 14 gigawatts de capacidade instalada de energia solar fotovoltaica (que representa a inédita equivalência) leva em conta parques centralizados e a geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Essa é a chamada geração distribuída.
A entidade afirma ainda que as principais razões para esse crescimento acelerado dos sistemas solares no Brasil são: o aumento nas tarifas de energia elétrica, e claro, a entrada em vigor do Marco Legal da Geração Própria de Energia.
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, afirma Rodrigo Sauaia, presidente da ABSOLAR.
O crescimento do setor solar
Atualmente o número de instalações de sistemas solares fotovoltaicos não para de crescer. É um setor que cresce três dígitos ao ano e a quantidade de novos projetos instalados e conectados à rede tende a aumentar cada vez mais. Abaixo, está listado a evolução desses número, ao longo dos anos, conforme dados da ANEEL:
- 2012: 6 sistemas solares instalados no país todo;
- 2016: 6.719 mil novos sistemas instalados;
- 2017: 13.957 mil novos sistemas instalados;
- 2018: 35.884 mil novos sistemas instalados;
- 2019: 123.803 mil novos sistemas instalados;
- 2020: 222.176 mil novos sistemas instalados.
- 2021: 400.918 mil novos sistemas instalados.
Previsão para 2022
Para o decorrer deste ano, as expectativas do mercado seguem altas, sustentadas pelos recordes apontados até aqui. Neste cenário promissor para todo o setor, Aldo Teixeira, fundador e presidente da Aldo Solar comenta o quanto o crescimento da energia solar é positivo para o país. “A previsão de crescimento do setor é otimista. O último Censo de Moradia Quinto Andar apontou que mais de 73% da população brasileira deseja instalar energia solar em casa. A alta dos preços da energia elétrica e o novo Marco Legal de Geração Distribuída contribuem diretamente para a expectativa, além do crescimento de investimentos que o país vem recebendo”, afirma.
“Em 2022, o Brasil deve receber R$ 51 bilhões em investimentos para o setor solar. Diante das oportunidades em todo o país, nossas metas internas são de dobrar o crescimento ano a ano de acordo com essas previsões, sendo que apenas em março deste ano já alcançamos o marco de 230 mil geradores vendidos”, finaliza Aldo.
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