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Guerra na Ucrânia: repórter assassinada e fotojornalista desaparecido

Guerra na Ucrânia repórter assassinada e fotojornalista desaparecido
Oksana Baulina era russa e, antes de se tornar correspondente de guerra, cobria casos de corrupção do governo de seu país. (Imagem: reprodução/ The Insider)

Os dois casos ocorreram em regiões próximas à capital ucraniana, Kiev

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Mais jornalistas se tornaram vítimas da guerra na Ucrânia. Na última quarta-feira, 23, a jornalista russa Oksana Baulina, do site de notícias The Insider, foi morta em um bombardeio na região da capital da Ucrânia, Kiev. Além dela, o fotojornalista ucraniano Maks Levin está desaparecido há 11 dias, segundo colegas de trabalho. Estima-se que mais de 35 profissionais da imprensa foram feridos ou mortos durante o conflito armado no Leste Europeu.

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A morte de Oksana foi lamentada e comunicada em nota publicada (em inglês) pelo The Insider. No texto, o veículo de comunicação independente detalha que a jornalista estaria filmando a destruição causada por tropas russas na região de Podilskyi, próxima à capital ucraniana, quando foi atingida. No ataque, outras pessoas foram mortas ou estão feridas, como dois acompanhantes da jornalista no local.

“Oksana foi à Ucrânia como correspondente, ela conseguiu enviar vários relatos de Lviv e Kiev. The Insider expressa suas mais profundas condolências aos familiares e amigos de Oksana”, escreve o site de notícias, em nota publicada em inglês. Apesar da fatalidade com uma de suas jornalistas, o veículo afirmou que seguirá cobrindo de perto a guerra e os crimes relacionados a ela.

Também em região próxima a Kiev, o fotojornalista Maks Levin foi visto pela última vez em 13 de março. A notícia sobre o desaparecimento foi dada por amigos em publicações nas redes sociais, por meio das quais pedem colaboração para encontrá-lo.

Em publicação no Facebook (em ucraniano), o também fotojornalista Markiian Lyseiko explicou que Levin cobria o conflito armado no distrito de Vyshhorod e viajava de carro à cidade de Moshchun quando perdeu contato. Seu celular, pelo qual se comunicava com os colegas, está sem serviço desde a viagem. Lyseiko considera a possibilidade de captura do profissional de imprensa por tropas russas.

“Nós descobrimos que houve combates intensos nessas áreas, e supõe-se que ele pode ter sido ferido ou capturado por tropas russas”, relata a publicação, que nos últimos dias foi compartilhada por outras pessoas que também conhecem o fotojornalista desaparecido.

Mortes na imprensa em meio à guerra na Ucrânia

Dezenas de jornalistas foram feridos ou mortos em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em fevereiro. Segundo matéria do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), até o dia 18 de março, apenas as informações confirmadas já apontavam para a fatalidade de 5 e ferimento de mais de 35 profissionais da imprensa na região. Segundo apuração do veículo de comunicação português Visão, Oksana foi a sétima jornalista morta durante a cobertura da guerra.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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