O número de empréstimos junto aos bancos vem crescendo no Brasil e os motivos para as contratações são variados. Boletim divulgado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostrou que, entre as modalidades para a tomada de crédito, uma vem ganhando força ao longo dos anos, a contratação com garantia de imóveis. Só neste ano, por exemplo, já foram assinados mais de 22 mil contratos de crédito com esse formato e quase R$ 5 milhões foram emprestados.
Os dados, referentes a um balanço que levou em consideração os meses de janeiro a setembro, revelam, ainda, que o total de concessões de empréstimo com garantia de imóveis em 2022 deve ser o maior dos últimos quatro anos, se observado a linha histórica. Restando apenas dois meses para término deste ano, a quantidade de contratos fechados em nove meses já corresponde a 87% do que foi processado em todo o ano passado.
A tendência de crescimento do crédito com garantia de imóveis ganha ainda mais destaque quando calculado o acumulado real dos últimos quatro anos. De acordo com a Abecip, a modalidade chegou de forma tímida ao mercado, atingindo apenas o teto de R$ 1 milhão emprestado durante o ano de 2018, mas já sinaliza como uma alternativa para muitos brasileiros, se considerado que, desde o início da série, já houve um aumento de 156% sobre o montante concedido aos clientes.
Segundo João Magatti, economista e diretor da Galleria Bank, fintech especializada em concessão de crédito com garantia de imóvel, o aumento na popularidade desta modalidade de empréstimo pode ser devido a vários fatores, entre os principais, juros e prazos diferentes de outras operações já conhecidas pelos brasileiros. “Em razão da própria garantia, ou seja, do imóvel, os bancos podem emprestar valores superiores às linhas que não solicitam nenhum tipo de garantia e maior prazo para a quitação”, diz.
Ainda de acordo com o especialista, o crescimento da contratação de empréstimo com garantia de imóveis também pode estar atrelado ao fato de que a operação não requer que o contratante tenha o nome limpo na praça. “Por conta da garantia concedida no crédito, a aceitação acontece mesmo se o CPF do cliente estiver com restrição, porque como a instituição financeira tem essa segurança, ela entende que o credor terá um comprometimento maior com o pagamento, então a restrição no nome não é um empecilho”, destaca João Magatti.
“Outro ponto que pode estar contribuindo para o crescimento do número de contratação de empréstimo na modalidade, pode ser a possibilidade de utilização, inclusive, de um imóvel não averbado como garantia, porque, sim, os bancos também estão aceitando esse tipo de garantia”, finaliza o diretor da Galleria Bank, ao observar o boletim da Abecip, que sugere que o número de contratos fechados e valor emprestado seja maior que o contabilizado em 2021 e nos dois anos anteriores.
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