31/1/2023 –
Segundo especialista, os vendedores devem estar preparados, pois os veículos seminovos continuarão em alta esse ano
O Setor da Distribuição de Veículos teve um saldo positivo em 2022, resultando no aumento dos emplacamentos de veículos leves em relação ao ano anterior. O balanço divulgado pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) mostrou um crescimento de 5% em 2022, mesmo com as dificuldades encontradas com a crise sanitária, financeira e o aumento dos preços dos combustíveis no primeiro semestre. Dezembro finalizou com um resultado ainda melhor, com uma alta de 7%.
A expectativa para 2023, de acordo com a Fenabrave, é que o setor automotivo apresente um crescimento de 3,3% esse ano, chegando a 3,6 milhões de unidades emplacadas. A entidade revelou ainda uma projeção semelhante ao de 2022 para veículos leves, totalizando 1,96 milhões de automóveis emplacados. No entanto, os números também podem ser revistos no primeiro trimestre.
De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), em 2022 foram produzidos 2,37 milhões de automóveis e as vendas do mercado interno passaram de 2,1 milhões de unidades. No último mês do ano, as montadoras produziram 11,3% menos que no mês de novembro. Com isso, a fabricação de veículos em geral somou 191,5 mil unidades, uma queda de 9,2% em relação a dezembro de 2021.
Para o empresário do ramo automobilístico e responsável pelo curso Vendedor de Carros Pro, Thiago Facci, devido à falta de insumos para serem comercializados carros novos, ocorreu uma alta dos preços, impactando na relação oferta x demanda.
Facci ressaltou ainda que há um cenário muito incerto para o ano de 2023. “Com a troca de presidente e a alta dos juros, realmente não sabemos o que pode vir a acontecer. Para os seminovos, a expectativa é de facilitação do crédito e crescimento na comercialização do usado”, analisa o empresário.
O responsável pelo curso Vendedor de Carros Pro acredita que os carros seminovos continuarão tendo uma boa venda. “Uma vez que o dinheiro não some do mercado, ele só muda de mão. Portanto, aquelas lojas que trabalharem bem e de forma correta, terão sucesso”, avalia Facci.