O mercado de influenciadores digitais prospera no Brasil, país em que há mais celulares inteligentes (242 milhões) em uso do que habitantes (214 milhões), segundo dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com um estudo da multinacional Nielsen Media Research, mais de 500 mil pessoas atuam como influencers no país, com no mínimo 10 mil seguidores cada.
O fenômeno, inclusive, trouxe à tona uma proposta que pretende regulamentar a profissão de influenciador digital no Brasil. O PL (Projeto de Lei) nº 2347/2022 foi apresentado pelo deputado José Nelto (PP – GO) à Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados em agosto e prevê a exigência de um cadastro do Governo Federal para atuar como influencer no país, além de “conhecimento técnico” para abordar determinadas pautas.
Em escala global, o mercado de influenciadores movimentou cerca de US$ 16,4 bilhões (R$ 87,36 bilhões) em 2022, em um crescimento de 19% em relação ao ano anterior, segundo o IMH (Influencer Marketing Hub) – o número de empresas de marketing que oferecem serviços especializados com influenciadores, por sua vez, chegou a 18.900 em todo o mundo, segundo o mesmo estudo.
Por ora, a profissão segue sem regulamentação no país, que, na análise da especialista em mídias sociais e influenciadora digital Marina Benicio, detém o mercado de influenciadores mais competente do mundo. “O brasileiro já nasce criativo, tem um senso de humor inigualável e, o mais importante, não tem medo de lutar pelo que conquistar”.
A influenciadora observa que a rotina de uma pessoa que atua como influenciadora digital é de “dedicação total”. De acordo com ela, a carga de trabalho de um profissional que atua nesta área muitas vezes excede as oito horas diárias, em cinco dias da semana. “É frequente que o influenciador atue do momento em que acorda até a hora de ir dormir, já que ‘toda hora é hora de gravar’”, afirma.
Diante da fascinação exercida pelos influenciadores, um número crescente de brasileiros se pergunta o que uma pessoa comum precisa fazer para alcançar sucesso nas redes. A especialista em mídias sociais afirma que não existe uma “fórmula mágica” e que o aspirante a influencer deve ter em mente que saúde emocional vale mais do que qualquer dinheiro.
“Blinde a sua mente. As pessoas vão sorrir para você, mas também vão rir de você. Seu maior admirador sempre será você mesmo”, pontua Benício. “Quando você descobre o seu potencial, até quem ria das suas atitudes começa a se inspirar no que você faz e fala. Então, a regra é básica: comece e não olhe para trás, não dê ouvidos ao que não te edifica e acredite sempre no seu potencial”, conclui.
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