Dados do mais recente boletim da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) revelam que o mercado livre de energia tem crescido de maneira significativa no Brasil e já representa cerca de 37% da demanda total de eletricidade do país.
O mercado de energia brasileiro está dividido em dois ambientes de contratação: o ACR (ambiente de contratação regulada), no qual se encontram a maioria dos consumidores, que compram energia das concessionárias de distribuição às quais estão ligados de maneira cativa; e o ACL (ambiente de contratação livre), formado pelos consumidores livres que podem contratar o fornecimento de energia, em condições negociáveis, diretamente de geradores ou comercializadores.
Segundo o relatório da CCEE, no primeiro semestre de 2023, o mercado livre de energia angariou a adesão recorde de 3.330 novas unidades consumidoras, uma expansão de 52% se comparado ao mesmo período do ano passado. Entre as empresas que migraram para o ambiente livre, destacaram-se os setores de comércio (1.070 unidades) e de serviços (850 unidades). O mercado livre de energia contava, ao final de junho, com a adesão de 34,4 mil indústrias e estabelecimentos comerciais.
Atualmente, apenas os grandes consumidores – com demanda igual ou acima de 500 kW – podem fazer parte do mercado livre de energia. Contudo, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que prevê a abertura do ambiente de contratação livre para todos os consumidores, inclusive os residenciais.
As empresas que migram para a contratação no modelo ACL visam principalmente à economia nos gastos com energia, pois os preços praticados no ambiente livre são mais baixos do que os do mercado regulado. “Além da redução de custos, as empresas têm a possibilidade de adquirir diferentes tipos de energia, dependendo de suas necessidades e perfil de consumo”, informa Henrique Kido, diretor de inteligência de mercado da Tempo Energia, empresa gestora de energia.
O especialista explica que existem duas modalidades de adesão no ambiente livre. A modalidade atacadista é voltada a um perfil de consumo em larga escala, com uma demanda energética mais intensa, como nos ramos eletrointensivo e siderúrgico. “Já empresas de pequeno e médio porte encontram na modalidade varejista uma opção mais simples e desburocratizada para adquirir energia”, destaca.
O diretor da Tempo Energia ainda ressalta que, no ambiente livre, os consumidores podem escolher o tipo de energia que desejam comprar. É possível optar, por exemplo, por fontes de energia renovável, como energia solar, eólica e biomassa. “Isso possibilita que as empresas fortaleçam sua responsabilidade social corporativa, contribuindo, de forma efetiva, para a sustentabilidade ambiental.”
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