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Quatro tendências para a Creator Economy em 2024

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Segundo levantamento do banco de investimentos Goldman Sachs, o mercado global da Creator Economy (ou Economia dos Criadores de Conteúdo) deve praticamente dobrar nos próximos cinco anos, passando dos US$ 250 bilhões atuais para US$ 480 bilhões até 2027.

A Creator Economy é composta por indivíduos que usam seu conhecimento, experiência e autenticidade para criar conteúdo, construir um público online e expandir seus próprios negócios. Ainda que muitas pessoas não conheçam o tamanho desse setor, ele continua crescendo de maneira acelerada. Segundo estudo Future of Creativity, da Adobe, já são mais de 303 milhões de criadores de conteúdo no mundo. 

“Uma confusão comum é interpretar Creator Economy e marketing de influência como sinônimos quando, na verdade, atuar como influenciador é apenas uma das inúmeras possibilidades que o setor oferece”, afirma Leandro Conti, Vice-Presidente de Assuntos Corporativos da Hotmart. Para 2024, Conti aponta quatro tendências que devem multiplicar o mercado e facilitar o trabalho dos criadores de conteúdo:

1. Inteligência Artificial

Algumas pessoas temem que a IA elimine postos de trabalho mas, no caso da criação de conteúdo, a tecnologia não vai substituir os humanos, e sim ajudá-los. De acordo com o The Influencer Marketing Factory, quase 95% dos criadores de conteúdo já utilizam a Inteligência Artificial para pelo menos uma tarefa. “Seja para uma produção de texto ou até mesmo traduções, criação ou edição de vídeos a IA já é complemento na rotina de muitos e otimiza processos, dando mais espaço à criatividade e estratégia”, diz Leandro.

2. Comunidades

As comunidades desempenham um papel crucial de curadoria, simplificando a busca por conteúdo relevante, além de conectar as pessoas que tenham interesse comum. Conti explica que o criador de conteúdo é o “agregador”, mas não o “dono” do grupo. O mais importante é a qualidade, autenticidade e o engajamento, o que criará relações mais sólidas nas audiências, uma vez que as pessoas se identificarão verdadeiramente com o criador de conteúdo.

3. Diversificação de plataformas

“É importante explorar uma variedade de formatos para criação de conteúdo, como podcasts, YouTube, TikTok e newsletters, para expandir o alcance e o engajamento”, afirma. Segundo o executivo, podcast é uma forma poderosa de construir comunidades, especialmente entre a geração Z. Já o YouTube foca na compreensão das expectativas da audiência, no uso de dados e humanização da estratégia. O TikTok dá ênfase na autenticidade. E por fim, as newsletters possuem uma audiência própria e previsibilidade de algoritmos, facilitando a curadoria de conteúdo especializado e envolvimento direto com os leitores.

4. Profissionalização da indústria

Por fim, o executivo ainda traz como tendência a profissionalização da Creator Economy. “Quando o criador de conteúdo ultrapassa a barreira apenas da influência e começa a atuar com negócios digitais, além de conhecer o público, é necessário profissionalizar o trabalho com a colaboração de outros especialistas para um crescimento sustentável”, destaca. Ou seja, isso significa buscar copywriters, agências, designers, produtores e editores de vídeo ou outros profissionais que serão importantes para amplificar os resultados.

Considerando apenas as vendas de produtos digitais da Hotmart, a Creator Economy já ultrapassou R$ 30 bilhões no Brasil, de acordo com um estudo desenvolvido pela FGV. E o potencial de crescimento é ainda maior pois permite que os criadores sejam cada vez menos dependentes de publicidade com marcas, apostando em negócios como produtos físicos e digitais, cocriação e até mesmo atuação nos bastidores. O mesmo estudo, feito em parceria com a Hotmart,  mostrou que só em 2023, mais de 300 mil trabalhos diretos e indiretos foram gerados na Creator Economy no país.

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