15/5/2024 – Fixadores também podem causar problemas comuns se não forem selecionados, instalados ou mantidos corretamente de acordo com local, tipo e porte do projeto
A energia solar já é a segunda maior fonte de energia no Brasil; fixadores podem reduzir os requisitos de manutenção no sistema de painéis solares, diz gerente de engenharia e produção da Indufix Parafusos
A adesão à produção de eletricidade a partir da luz do sol vem em uma crescente no Brasil, onde a energia solar já é a segunda maior fonte de energia, segundo indicativos da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o Brasil possui uma potência instalada de 205 gigawatts. A fonte solar fotovoltaica conquistou a marca de 23,9 gigawatts de potência operacional instalada, seguida da eólica, com 23,8 gigawatts. A matriz hídrica continua sendo a maior fonte de energia, com 109 gigawatts – 51% do total.
Para se ter ideia, a capacidade de produção da energia solar no primeiro semestre deste ano superou todo o resultado de 2022. A potência total instalada de energia solar era de menos 1.200 megawatts em 2017, número que dobrou em 2018 e continuou aumentando até 2023. De janeiro a junho deste ano, a potência instalada foi 26% maior que em 2022, ainda de acordo com a entidade.
Sandro Vieira, gerente de engenharia e produção da Indufix Parafusos – empresa especializada na produção de fixadores para painés solares -, conta que os proprietários de painéis fotovoltaicos podem – e devem – planejar a manutenção regular, como limpeza do painel e ajustes, já que fixadores de painel solar de qualidade influenciam os requisitos de manutenção e prolongam a vida útil do seu sistema.
Vieira ressalta que os fixadores são componentes essenciais para fixar painéis solares em suas estruturas de montagem: “No entanto, eles [fixadores] também podem causar problemas comuns se não forem selecionados, instalados ou mantidos corretamente de acordo com local, tipo e porte do projeto”. Ela comenta os três principais problemas nos tópicos a seguir:
1 – Corrosão
Vieira destaca que fixadores feitos de materiais incompatíveis podem reagir entre si ou com o meio ambiente, levando à ferrugem, pite ou corrosão galvânica – o que pode enfraquecer os fixadores e comprometer a integridade dos painéis solares.
“O uso de fixadores de aço com esquadrias de alumínio pode causar corrosão galvânica devido aos metais diferentes, por exemplo”, explica.
2 – Afrouxamento
Segundo a gerente de engenharia e produção da Indufix Parafusos, os fixadores podem se soltar com o tempo devido à expansão e contração térmica, vibração, vento ou torque inadequado, o que, por sua vez, pode levar a ruídos ou desempenho reduzido dos painéis solares.
“A utilização de parafusos autoperfurantes sem arruelas pode fazer com que eles se soltem à medida que os furos aumentam”, exemplifica.
3 – Danos
Ainda de acordo com Vieira, os fixadores podem danificar os painéis solares ou seus componentes se estiverem com excesso de torque, baixo torque, desalinhamento ou mal projetados, ocasionando rachaduras, perfurações ou deformação dos painéis solares ou de sua fiação.
“O emprego de fixadores de bordas afiadas pode cortar o isolamento dos fios e causar curtos-circuitos”, ressalta.
Setor tem perspectivas positivas
O setor de energia solar trouxe mais de R$ 125,3 bilhões em investimentos ao Brasil desde 2012, segundo indicativos da Absolar. De acordo com a entidade, o mercado gerou 750,2 mil postos de trabalho no país – número que, até o final do ano, pode chegar a 1 milhão, conforme declaração do presidente da organização, Rodrigo Sauaia, publicada pela Exame.
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