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Escola e família devem firmar parceria, diz educadora

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Conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Esses são os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento estabelecidos pelos “Campos de Experiências” da organização curricular da Educação Infantil na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo para as redes de ensino e suas instituições públicas e privadas.

A BNCC é uma referência obrigatória para a elaboração dos currículos escolares e propostas pedagógicas, não apenas para a educação infantil, como também para o ensino fundamental e médio no Brasil.

Gisele Moura, proprietária e fundadora da Escola Alfa, destaca que o documento tem como campos de experiências o “Eu, o outro e o nós”, “Corpo, gesto e movimentos”, “Traços, sons, cores e formas”, “Escuta, fala, pensamento e imaginação” e “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”.

“Professores da educação infantil, norteados pelos campos de experiências, desenvolvem os conteúdos para serem trabalhados com suas crianças”, explica Moura.

A educadora ressalta que inúmeras possibilidades de atividades podem ser criadas pelos professores para o universo infantil dando espaço ao lúdico, às vivências, à cultura e ao brincar. “Contar histórias, dançar, cantar, investigar, desenhar, pintar, construir, explorar objetos, convivência e resolução de conflitos são algumas possibilidades para desenvolver um conteúdo”, afirma.

Segundo dados do Censo Escolar 2023, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil soma 47,3 milhões de estudantes, distribuídos em 178,5 mil escolas, considerando todas as etapas educacionais.

No universo da educação infantil, as matrículas da pré-escola aumentaram 4,8% em 2023, com 5,3 milhões de alunos matriculados nessa etapa de ensino, ainda de acordo com o Censo. O levantamento aponta para a universalização do atendimento educacional na faixa etária de 4 e 5 anos estabelecida pela Constituição Federal, ao considerar as informações coletadas no Censo Escolar e a população dessa idade apurada no Censo Demográfico mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é de 5,4 milhões.​

Moura chama a atenção para a importância do trabalho entre escola e família no período de aprendizagem das crianças do ensino infantil: “Quando a família e a escola se unem em torno do processo de aprendizagem, o desenvolvimento infantil avança de forma sólida, já que ambas têm um objetivo em comum, que é o desenvolvimento integral da criança”.

Para a fundadora da Escola Alfa, fragmentar o desenvolvimento não é viável, tendo em vista que ambas as instituições [escola e família] têm um papel importante no desenvolvimento infantil e se apoiam e se complementam.

“Não é só em um ambiente escolar que se dá a aprendizagem, a mesma ocorre o tempo todo, dentro e fora da escola”, articula. “Sendo assim, a família – alinhada com a instituição de ensino – poderá trazer avanços positivos para o desenvolvimento na educação infantil”, complementa.

Na visão da educadora, a melhor proposta é tornar a aprendizagem atraente e significativa para as crianças, famílias e professores. “Para que a parceria ocorra de fato, é preciso trazer a família não somente para eventos pontuais, mas, sim, aproximá-la do que vem sendo trabalhado com as crianças ao longo do ano”.

Para concluir, Moura reitera que a educação infantil é um ponto de partida indispensável e qual tem seu valor próprio: “[A educação infantil] Não é apenas um lugar de passagem para estágios mais avançados da vida escolar, ela tem suas particularidades que são preciosas para um bom desenvolvimento infantil”, finaliza.

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