São Paulo 2/7/2024 – O incêndio florestal prejudica a vegetação e causa a morte de animais silvestres, além de aumentar a poluição do ar e diminuir a fertilidade do solo.
Ações de prevenção, fiscalização, monitoramento e combate a queimadas e incêndios florestais são fundamentais para proteger o meio ambiente.
A ação humana e as alterações climáticas têm ocasionado riscos constantes de queimadas e devastação, especialmente em períodos mais secos do ano. Incêndios criminosos provenientes da queda de balão, uso irregular do fogo em atividades agropecuárias e o vandalismo estão entre os motivos que mais causam incêndios florestais e proporcionam prejuízos incalculáveis para a sociedade. O sistema de saúde, por exemplo, é sobrecarregado para atender aos atingidos pela fumaça.
Os incêndios em vegetação, matas e florestas formam condições de propagação do fogo distintas dos demais tipos de incêndio que devem ser prevenidos e controlados com técnicas e procedimentos específicos.
O fogo causado por ação humana no Cerrado tem um alvo principal: a vegetação nativa da savana mais biodiversa do mundo. “De 1985 a 2022, 88% dos 729 mil km² que queimaram ao menos uma vez no bioma tinham cobertura natural. É o que mostra a série de dados da Coleção 2 do MapBiomas Fogo que mapeia as cicatrizes do fogo no Brasil”, relata a ambientalista Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News.
Segundo Vera Arruda, pesquisadora no IPAM e no MapBiomas Fogo, a predominância do fogo em formações campestres e savânicas se deve à vegetação herbácea, composta por gramíneas, que principalmente na época da seca se torna um excelente combustível. Além disso, o fogo é mais restrito na formação florestal com árvores e arbustos de grande porte devido à elevada quantidade de água na biomassa viva, e as consequências para o ecossistema são muito mais devastadoras.
A ABNT é protagonista de uma norma internacional que define requisitos e procedimentos básicos para combate a incêndios florestais, baseada na Prática Recomendada ABNT/PR 1014:2021.
Para prevenir e combater incêndios florestais, a Prática Recomendada abrange informações que vão da característica dos incêndios, medidas preventivas, qualificação e capacitação das equipes combatentes, utilização dos equipamentos de proteção individual, coletivos e ferramentas, bem como os aditivos para água de combate, as viaturas e aeronaves usadas nas operações, procedimentos básicos de combate, plano de proteção, além da investigação das causas e origens.
“A norma da ABNT, que servirá de base para a norma internacional, foi elaborada utilizando melhores práticas adotadas no mercado brasileiro e referências técnicas estrangeiras e internacionais”, destaca o presidente da ABNT, Mario William Esper.
O incêndio florestal prejudica a vegetação e causa a morte de animais silvestres, além de aumentar a poluição do ar, diminuir a fertilidade do solo e causar problemas de saúde na população.
“Os biomas desempenham um papel fundamental na manutenção dos ciclos naturais essenciais para a vida, como o do carbono e do nitrogênio, além de contribuírem para a absorção e distribuição de água pelo solo. Ainda é tempo de entender que a floresta é uma riqueza a ser preservada, que não há necessidade de queimadas e desmatamento”, conclui Vininha F. Carvalho.
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