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Automação industrial: liderança feminina ainda é baixa

Automação industrial: liderança feminina ainda é baixa
Automação industrial: liderança feminina ainda é baixa

A liderança feminina na automação industrial mostra que, apesar de avanços, ainda há baixa representatividade.

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Embora o mercado de trabalho tenha avançado em relação à inclusão feminina e equidade salarial, ainda existem segmentos com números menores de contratação de mulheres, como as indústrias.

De acordo com um levantamento realizado pela agenda Fiesp, as mulheres representavam apenas 32% da força de trabalho no segmento industrial. E isso acontece, porque a visão tradicional sobre os trabalhadores da indústria está frequentemente associada a tarefas pesadas e manuais, o que automaticamente remete à imagem de homens desempenhando funções nos ambientes fabris.

Mas casos como o da Angelica Andrade, engenheira elétrica e especialista em automação, provam que talento e competência não conhecem barreiras de gênero. “Quando comecei, um dos maiores desafios foi ser uma mulher jovem em um campo predominantemente masculino. Eu sabia que precisaria construir uma base sólida de habilidades técnicas e estabelecer fortes com meus colegas para criar um ambiente de apoio e respeito”, conta ela que atualmente ocupa uma posição de liderança em ambientes industriais.

Angelica começou sua trajetória na engenharia de projetos, trabalhando com sistemas de energia industrial e iluminação. Com o tempo, suas experiências em diferentes áreas – como inspeção elétrica e engenharia de qualidade – moldaram sua capacidade de lidar com problemas complexos, sempre com foco em melhoria contínua e colaboração entre equipes. “Identificar causas-raiz de problemas e trabalhar junto com diversos times para aumentar a produtividade e reduzir não conformidades foi uma parte essencial do meu desenvolvimento”, explica.

A experiência de Angelica, que é venezuelana, trabalhando em diferentes países, incluindo os Estados Unidos, a expôs a desafios adicionais, como a adaptação a um novo idioma e a necessidade de se provar em ambientes profissionais distintos. “Foi preciso muita coragem para assumir uma posição de liderança enquanto superava barreiras linguísticas. Contudo, vale destacar que o esforço vale a pena. Tive o apoio dos meus colegas, que me ajudaram a melhorar meu inglês e me incentivaram ao longo da jornada”, revela.

Além de sua expertise técnica, Angelica também enxergou a oportunidade de trabalhar com o desenvolvimento de pessoas. “Eu adoro capacitar meus colegas e promover um ambiente onde todos possam crescer. Isso não apenas melhora a produtividade, mas também fomenta a inovação”, afirma. Para a profissional, esse tipo de mentalidade tem sido crucial para ajudar equipes a identificar oportunidades de melhorias em processos, ao mesmo tempo em que cria uma atmosfera de colaboração e confiança mútua.

O impacto da liderança de mulheres como Angelica na automação industrial não se limita ao ambiente corporativo. Andrade está comprometida em compartilhar seu conhecimento com as gerações futuras. Em 2025, ela pretende se envolver com programas STEAM, dedicados a estudantes do ensino médio, para mostrar as possibilidades da engenharia e da automação. “Quero inspirar jovens, independentemente de suas origens ou gênero, a seguirem carreiras técnicas. Acredito que podemos contribuir significativamente para a inovação e o progresso do setor”, conclui.

Ao incentivar o crescimento de novas lideranças e promover uma cultura de inovação, Angelica Andrade e outras mulheres em posições de destaque na automação estão ajudando a transformar a indústria e abrir portas para mais diversidade e inclusão no setor. Com uma abordagem que integra conhecimento técnico e habilidades de liderança, essas profissionais têm deixado suas contribuições para a evolução da automação industrial.

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