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Empresas implementam inteligência artificial em pesquisas de satisfação

Empresas implementam inteligência artificial em pesquisas de satisfação
Empresas implementam inteligência artificial em pesquisas de satisfação

Com as inovações tecnológicas, as empresas passam a fazer uso da inteligência artificial (IA) para desenvolver processos mais eficientes com foco em experiência do cliente

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O sucesso de uma empresa está ligado à capacidade de entender e atender às expectativas dos clientes, principalmente em um mercado cada vez mais competitivo. Nesse contexto, as pesquisas de satisfação atuam como ferramentas essenciais para captar a percepção do público sobre produtos e serviços. Elas oferecem novos pontos de vista das qualidades e dos aspectos que precisam de melhorias, permitindo ajustes que melhorem a experiência oferecida ao consumidor. No cenário atual, a implementação de tecnologias como a Inteligência Artificial (IA) tem potencializado a análise de dados, tornando os resultados mais precisos.

O relatório Building Customer Experience for the Future, da empresa de consultoria Boston Consulting Group (BCG), mostrou que empresas líderes em Customer Experience (CX), ou experiência do consumidor, crescem 190% a mais que a média do mercado em um período de três anos.

Nesse cenário, o CEO da Alfa Inteligência, Emanoelton Borges, destaca três tipos principais de pesquisa:

1) Net Promoter Score (NPS)

O NPS é uma métrica popular que avalia o grau de lealdade dos consumidores a uma marca. Por meio de perguntas diretas como “De 0 a 10, qual a probabilidade de você recomendar nossa empresa/produto/serviço para um amigo?”

Esse método de pesquisa classifica os respondentes em três grupos: promotores (notas 9-10), neutros (notas 7-8) e detratores (notas 0-6). A classificação ajuda as empresas na identificação tanto dos mais leais quanto dos insatisfeitos, auxiliando na criação de estratégias para aumentar o número de promotores e, consequentemente, o potencial de recomendação.

2) Customer Satisfaction Score (CSAT)

A métrica é usada para medir a satisfação dos consumidores em relação a um aspecto específico da experiência que eles tiveram, como produto ou atendimento recente. As perguntas do CSAT, como “Qual o seu nível de satisfação com o atendimento que recebeu?”, geralmente oferecem escala de respostas que varia de “muito insatisfeito” a “muito satisfeito”.

3) Customer Effort Score (CES)

Mede o esforço necessário para o cliente alcançar o que precisa. O indicador é particularmente útil para avaliar a facilidade de uso de sites e aplicativos, bem como a acessibilidade dos canais de atendimento. Perguntas do tipo “Foi fácil concluir sua compra em nosso site?” ajudam a identificar pontos de atrito que podem ser aprimorados para tornar a experiência do cliente mais simples e agradável.

Embora as pesquisas forneçam informações importantes, alguns equívocos podem comprometer a qualidade delas e, consequentemente, a eficácia das decisões estratégicas. “Elaborar questionários muito longos e detalhados tende a desmotivar as pessoas, reduzindo as taxas de resposta. Perguntas mal formuladas ou confusas podem induzir a respostas menos espontâneas, por isso devem ser evitadas. Negligenciar a segmentação dos participantes pode gerar dados pouco relevantes para os diferentes perfis de consumidor”, exemplifica Borges.

A criação de uma pesquisa eficaz começa com a definição de objetivos claros e da estrutura. Primeiramente, é importante determinar qual aspecto da experiência do cliente será analisado: o produto em si, o atendimento, a usabilidade dos canais digitais ou a jornada de compra. Em seguida, é necessário definir o público-alvo e o momento ideal para o envio da pesquisa.

“Outras boas práticas incluem a objetividade nas perguntas e a opção por formatos de respostas fáceis de entender, como escalas de 1 a 5 ou múltipla escolha. A inclusão de um campo para sugestões, sem torná-lo obrigatório, também permite ao cliente expressar de forma mais livre qualquer feedback adicional”, explica.

A introdução da IA à coleta e análise de informações já está em uso no universo das pesquisas. Por meio de algoritmos avançados é possível processar grandes volumes de dados de forma rápida, gerando informações em tempo real, capazes de orientar decisões estratégicas. A tecnologia permite, por exemplo, que chatbots coletem feedbacks de maneira dinâmica, interagindo com os clientes de forma natural e minimizando as interrupções. Além disso, facilita a personalização e a segmentação, adaptando automaticamente os questionários às necessidades e preferências específicas de diferentes perfis. A IA também realiza a automatização das análises preditivas, antecipando padrões de comportamento que podem ser utilizados para ajustar produtos e serviços.

“Por meio de metodologias bem estruturadas e da utilização da IA para análise de dados, é possível captar informações valiosas sobre o comportamento e as expectativas dos consumidores. Com isso, as empresas conseguem alinhar produtos e serviços às reais necessidades do mercado, consolidando-se como marcas que não apenas atendem, mas excedem todas as expectativas dos consumidores”, completa o especialista.

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