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Consultas públicas ampliam cenários para câncer ultrarraro

Consultas públicas ampliam cenários para câncer ultrarraro
Consultas públicas ampliam cenários para câncer ultrarraro

Por meio de análise multidrogas, serão avaliadas as opções disponíveis para os pacientes, assim como o custo-benefício para o sistema de saúde; as contribuições à CP podem ser enviadas até o dia 11/12

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O câncer de pulmão é o segundo tipo de câncer mais diagnosticado no mundo e foi a principal causa de mortes por câncer em 2020. No Brasil, é o terceiro mais comum em homens e o quarto em mulheres, totalizando 32.560 novos casos em 2023, com uma taxa de sobrevida de 18% em cinco anos.

Já o subtipo de câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) corresponde a 80% – 85% dos casos, sendo que cerca de 5% desses pacientes apresentam a translocação ALK+, uma mutação ultrarrara que acomete principalmente não fumantes. Pela ausência de sintomas no início da doença, quem convive com o CPNPC geralmente recebe o diagnóstico em estágio avançado e, no caso dos pacientes com ALK+, cerca de 30% já apresentam metástases cerebrais. Um verdadeiro desafio, pois a metástase cerebral é uma necessidade médica ainda não atendida totalmente pelos tratamentos disponíveis no SUS, que compromete e diminui a expectativa de vida.

“O impacto na vida dos pacientes é expressivo, pois a doença reduz de forma significativa a qualidade de vida em comparação à população geral, especialmente em pacientes com metástases cerebrais. Este impacto torna ainda mais crucial a escolha de tratamentos eficazes que ofereçam uma resposta sustentável”, afirma Vivian Lee, diretora médica da Takeda Brasil.

Por isso, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec/SUS) abriu as Consultas Públicas nº 78 e nº 84, que dispõem sobre inibidores da tirosina quinase para o tratamento de câncer de pulmão não pequenas células com translocação ALK (CPNPC ALK+) em estágio avançado ou metastático, como primeira e segunda linhas de tratamento. As sociedades civil e médica podem exercer seu direito e manifestar opiniões sobre a proposta até o dia 11/12, pelo site da Conitec.

A consulta pública é um mecanismo de participação social, de caráter consultivo, realizado com prazo definido e aberto a qualquer interessado, que incentiva a participação da sociedade na tomada de decisões relativas à formulação e definição de políticas públicas.

Essa, em especial, é uma oportunidade para que todos possam compartilhar informações e opiniões que contribuam para esse processo de avaliação de incorporação de novas tecnologias pela Comissão. Por meio da análise multidrogas foram avaliadas, simultaneamente, a eficácia das terapias disponíveis para o paciente, assim como o custo-benefício para o sistema de saúde. 

“A inovação em saúde só se concretiza quando está acessível a todos no momento em que mais precisam e de maneira sustentável. Essas consultas públicas representam uma oportunidade para avançarmos na equidade, possibilitando que tratamentos mais recentes para o CPNPC ALK+ melhorem a qualidade de vida desses pacientes”, complementa a diretora médica da Takeda Brasil, Vivian Lee.

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