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Hospitais recebem simuladores de cirurgias de catarata

Hospitais recebem simuladores de cirurgias de catarata
Hospitais recebem simuladores de cirurgias de catarata

Farmacêutica leva equipamentos de treinamento para médicos da rede pública e privada de Curitiba, Londrina e Cascavel; Catarata lidera demanda de cirurgias oculares no Brasil

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A cirurgia catarata é o procedimento ocular mais realizado no Brasil. Para capacitar os profissionais que executam essas operações, a farmacêutica União Química começou a disponibilizar o simulador EYELAB para quatro hospitais paranaenses que integram o programa de treinamento em cirurgias oculares. A tecnologia é disponibilizada de forma integral para o treinamento de residentes do segundo e terceiro ano da especialização em oftalmologia.

O equipamento permite o treinamento dos dez passos completos de uma cirurgia de catarata, desde a incisāo até a colocação da lente. O aprendizado na prática impacta diretamente as filas para o procedimento cirúrgico, uma vez que, para as 150 horas de treinamento por residente, calcula-se que cada médico consiga realizar cerca de 4.600 cirurgias de catarata.

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), há cerca de 12 milhões de casos de cegueira por consequência da catarata em todo o mundo. No Brasil, estima-se que existam aproximadamente 350.000 cegos em decorrência da catarata, doença progressiva e relacionada ao envelhecimento.

A capacitação viabilizada pela União Química contempla as principais unidades de saúde do estado, como o Hospital da Visão – Oftalmo Curitiba e o Hospital de Olhos do Paraná, também na capital, além do Hoftalon Hospital de Olhos, de Londrina, e o HOlhos Prime – Hospital Oftalmológico em Cascavel.

Ao todo, 50 residentes no Paraná passam por treinamentos do programa Genom Academy com o EYELAB, sendo 24 apenas em Curitiba, em sua maioria residentes do segundo e terceiro anos da residência médica (R2 e R3), uma vez que já podem realizar procedimentos cirúrgicos.

Esses residentes têm contato com o simulador para treino de habilidades antes dos seus respectivos dias cirúrgicos, conforme explica o médico residente em oftalmologia, Thiago Meister, do Hospital de Olhos do Paraná, em Curitiba.

"Com o simulador, o residente pode se ambientar com os instrumentos, movimentos, ter noção espacial, entender os pedais e a fluídica envolvida na cirurgia, além de treinar passos e diferentes técnicas, o que torna o aprendizado muito mais completo e fornece um ambiente muito mais seguro no primeiro contato do residente com o olho humano de um paciente", explica.

O programa da União Química, chamado Genom Academy, já está presente em 62 cursos de residências no Brasil, com uma média de 620 residentes capacitados por mês com o equipamento.

Com o envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida, o Brasil se depara com desafios históricos no acesso à saúde ocular, especialmente em regiões afastadas dos grandes centros. A cirurgia de catarata — embora simples e eficaz — ainda tem sua oferta limitada pela escassez de profissionais devidamente capacitados, o que gera longas filas e amplia o risco de cegueira evitável, sobretudo na população idosa.

Além das limitações estruturais do sistema de saúde, a própria formação médica enfrenta gargalos. "O simulador é uma ferramenta muito útil porque permite que o residente desenvolva habilidades cirúrgicas em um ambiente seguro, antes de atuar no paciente. Isso pode reduzir a curva de aprendizado, aumentar a confiança e contribuir para cirurgias mais seguras. O treinamento tende a otimizar o fluxo cirúrgico e pode, sim, ser um aliado importante na redução do tempo de espera para a cirurgia de catarata no Brasil", ressalta o Dr. Thiago Meister.

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