Até alguns anos atrás, eu tinha certeza de que só era possível um(a) profissional ser bem sucedido(a) se tivesse um cargo de liderança. A pergunta que eu me fazia era “Como alguém pode achar que alcançou o sucesso na carreira se não tiver uma posição na alta administração de uma empresa?”.
Depois de um tempo achando que a resposta para aquela pergunta era “impossível”, passei a perguntar para os(as) líderes que eu conhecia ou (re)encontrava se eles(as) se sentiam felizes no trabalho e por quê. Quando me diziam que não estavam satisfeitos(as), eu ficava curiosa para entender o motivo e o que achavam que poderia mudar esse sentimento.
As respostas que eu ouvi foram surpreendentes. Muitos(as) profissionais me diziam que adorariam estar em um cargo ou em um trabalho que não precisassem liderar equipes, já que, conforme subiam na carreira, menos atividades ligadas à sua formação conseguiam fazer e mais tarefas burocráticas ocupavam o seu dia a dia – justamente o que não os(as) encantava no trabalho.
Outro ponto mencionado foi a necessidade de deixar de lado as prioridades reais, principalmente as da vida pessoal. Algumas das pessoas com quem conversei me disseram que adoravam receber um salário maior do que quando não eram líderes, mas o preço que pagavam por isso era mais alto do que estavam dispostas a pagar. Além disso, a remuneração que recebiam antes de ter um cargo mais relevante já era suficiente para terem todas as suas necessidades atendidas e planejar o futuro. Ou seja, nem sempre ter mais dinheiro é essencial.
Assim, ser um(a) líder não significa ser bem sucedido(a). O sucesso tem um significado diferente para cada pessoa. Portanto, antes de desejar uma carreira na alta administração de uma empresa ou de querer estar à frente de uma equipe, entenda quais são suas necessidades e prioridades na vida pessoal e no trabalho. A partir disso você conseguirá identificar qual caminho profissional deseja seguir rumo ao sucesso (o seu sucesso).