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Fotojornalista que ficou cego em protesto lembra caso em livro

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Em parceria com Tadeu Breda, Sérgio Silva lança o livro Memória Ocular. Fotojornalista perdeu ficou cego do olhos esquerdo ao ser atingido em junho de 2013

O fotojornalista Sérgio Silva e o jornalista Tadeu Breda lançam o livro Memória Ocular. Obra chega ao mercado editorial cinco anos após Sérgio ficar cego ao ser atingido por bala de borracha disparada pela Polícia Militar de São Paulo.

No dia 13 de junho de 2013, o Movimento Passe Livre (MPL) convocou o quarto protesto na capital paulista contra o reajuste nas tarifa de transporte público.

O professor de História da rede pública do Estado, Severino Honorato, estava entre os manifestantes e percebeu a tensão no ar bem antes dos protestos começarem.

Os manifestantes se reuniram no centro de São Paulo e caminharam até a Avenida Consolação a caminho da Avenida Paulista. Na altura da rua Maria Antônia, os policiais avisaram que eles não poderiam seguir em frente. Foi aí que começaram as bombas.

O professor Severino foi a primeira pessoa a socorrer o fotógrafo Sérgio Silva. Ele foi uma das 150 pessoas que, segundo o MPL, sofreram algum tipo de agressão policial naquele dia.

Sérgio foi atingido por uma bala de borracha e perdeu o olho esquerdo.

Nessa quarta-feira, 13, cinco anos depois, ele e o jornalista Tadeu Breda lançaram o livro Memória Ocular.

Sérgio descreve a última foto que tirou antes de ser atingido pela bala.

Mas também descreve a primeira foto que tirou ainda dentro do hospital, um autoretrato com um curativo no lugar do olho.

Sobre o livro do fotojornalista

O livro foi lançado em um ato que lembrou os 5 anos do protesto.

Além de Sérgio, outras vítimas da violência policial também participaram do ato. Caso de Deborah Fabri, a estudante que em 2016 também foi atingida no olho por uma bala de borracha e perdeu a visão.

Justiça cega?

Nenhum policial militar ou agente público foi responsabilizado desde então.

Sérgio perdeu em duas instâncias a ação em que pede uma indenização do Estado. Ele ainda avalia se vai recorrer ao STJ.

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Por Eliane Gonçalves.

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