Em quatro encontros, o Centro de Formação e Pesquisa do Sesc de São Paulo recebe o ciclo Olhares intensos, dedicado aos processos de documentação e experimentação fotográfica
O mês de julho será dedicado ao projeto Olhares intensos. A proposta é que, em quatro encontros, profissionais se reúnam para discutir documentação e experimentação fotográfica, desenvolvidos a partir dos trabalhos de Luiz Braga, Eustáquio Neves, Paula Trope, Barbara Wagner e Benjamin de Burca.
Segundo as informações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), os eventos têm como objetivo discutir as concepções estéticas e políticas que moldam a definição dos aspectos artísticos e documentais registrados pelos trabalhos destes artistas. Os temas dos encontros são: Memória do Filme: o Trânsito entre Mídias, Percurso do Olhar, Pequenas Histórias dentro da História, e Terreiro, Palco, Altar: o corpo e a câmera em “Faz que Vai” (2015), “Estás vendo Coisas” (2016) e “Terremoto Santo” (2017).
O ciclo de encontros é realizado no Centro de Formação e Pesquisa do Sesc, que fica na rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, SP. Os evento são sempre às terças-feiras, das 19h às 21h, e os interessados podem se inscrever neste link até um dia antes da palestra, se ainda tiver vagas. Condições especiais de atendimento, como tradução em libras, devem ser informadas por e-mail ou telefone, com até 48 horas de antecedência do início da atividade: centrodepesquisaeformacao@sescsp.org.br / 11 3254-5600.
Veja, abaixo, os detalhes das palestras:
17/07 – Memória do Filme: o Trânsito entre Mídias
Desde o final da década de 1980 Eustáquio Neves pesquisa e desenvolve técnicas alternativas e multidisciplinares, manipulando negativos e cópias. Nos últimos cinco anos têm pesquisado as mídias eletrônicas incluindo a sequência e o movimento. Entre outras linhas de interesse aborda temáticas relativas à identidade e a memória da cultura afrodescendente com trabalhos de corte social e crítico, que muitas vezes nos levam a diversos níveis de leituras. Seu trabalho vem sendo amplamente divulgado em várias mostras no Brasil, exterior e tem recebido prêmios e a consagração do público e da crítica.
Com Eustáquio Neves.
24/7 – Percurso do Olhar
As primeiras exposições de Luiz Braga (1979 e 1980) eram compostas de cenas de dança, nus, arquitetura e retratos. Após essa fase, descobre as cores vibrantes da visualidade popular da Amazônia e viaja pela região aprofundando sua pesquisa sobre as cores do universo da periferia. Sua abordagem passa ao largo das visões estereotipadas e superficiais sobre a região e junto com o domínio da cor o transformaram em referência na fotografia brasileira contemporânea.
Com Luiz Braga.
31/7 – Pequenas Histórias dentro da História
Artista visual com ênfase de atuação em Arte Contemporânea, Paula Trope desde o início da década de 90 desenvolve trabalho experimental no campo da imagem técnica, com cinema, fotografia e vídeo. Em suas pesquisas, assume uma postura crítica em relação à própria câmera e à prática artística, estabelecendo complexas relações entre o meio utilizado e os temas e conteúdos enfocados, considerando as características técnicas, formais e institucionais envolvidas.
Com Paula Trope.
7/8 – Terreiro, Palco, Altar: o corpo e a câmera em “Faz que Vai” (2015), “Estás vendo Coisas” (2016) e “Terremoto Santo” (2017)
Nas três obras mais recentes realizadas pela fotógrafa Bárbara Wagner e o artista Benjamin de Burca, novas formas de trabalho são desempenhadas por jovens dançarinos de Frevo, mc’s de Brega e cantores de Gospel, cujos corpos resultam, eles mesmos, através do esforço investido em suas performances, em imagens e vozes produzidos e reproduzidos dentro de uma economia do espetáculo. Nos três casos, é na combustão laboriosa desses corpos que o desejo se torna moeda de troca numa cultura que privilegia o sucesso individual aqui e agora. Com Bárbara Wagner e Benjamin de Burca.