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A ascensão do poker no showbusiness, a corrida pelo mainstream

São Paulo – SP 15/4/2020 –

Poker, que é considerado oficialmente um esporte desde 2010 pela IMSA (Associação Internacional de Esportes da Mente), vem se tornando cada vez mais popular no Brasil. Segundo a Confederação Brasileira de Texas Hold’em, o esporte ganha cerca de 500 mil novas contas por ano. A popularização do esporte pode ser atribuída a fácil “jogabilidade”, alcançando todas as classes sociais, desde mesas entre amigos com ou sem apostas, até os grandes clubes onde as apostas podem chegar a valores milionários.

Agora, o que aconteceria se essa paixão nacional se juntasse com outra paixão nacional? Os reality shows, essa é a proposta de uma empresa brasileira, juntar poker e reality show.

Reality shows são febre no Brasil, fazem mais sucesso aqui do que em qualquer outro lugar do mundo, não importa a forma, o brasileiro aprendeu a amar reality show. O formato é tão popular que recentemente um reality famoso conseguiu superar a marca de 1,5 bi de votos em uma mesma eliminação, o que é uma marca história na televisão brasileira e mundial.

A proposta vem mexendo com as estruturas da comunidade, seletivas e pré-seletivas já começaram a rolar com participantes (players) de todo o Brasil os jogadores serão definidos sem distinção de gênero. Visando entregar uma experiência real entre as interações humanas, trará além dos players uma equipe de 36 musas que terão a missão de aprender a jogar poker no decorrer do programa, todos em confinamento durante todo o reality.

Segundo os criadores a proposta do reality não é competir com os gigantes e já estabelecidos torneios de poker.  “A nossa proposta é diferente, não é simplesmente o jogo em si, mas se trata de colocar o poker no mainstream, showbusiness e com isso acabar de vez com os preconceitos em relação ao esporte.”, declara Estevão Hutner, C.O.O Big Player Brasil. Isso porque o esporte foi e ainda é marginalizado por uma parcela da sociedade devido a associações com jogos de azar ou vícios.

Para isso, o show contará com transmissões ao vivo pela plataforma online da empresa e ainda contará com uma maneira inovadora de transmissão, cada jogador durante uma hora por dia terá um equipamento preso em seu corpo e esse equipamento transmitirá imagens ao vivo pelo Instagram do reality, ou seja, os espectadores terão a visão de cada participante da casa durante uma hora, sem cortes ou edições.

O reality começará irá a ser transmitido no final de agosto, após o termino será lançada uma web série de 30 episódios em formato documental com o conteúdo editado de todo o reality.

Em entrevista o primeiro selecionado para participar da casa afirma que tanto o jogo como os jogadores profissionais do esporte ainda sofrem com muitos preconceitos, e reafirma a importância do reality alcançar o showbusiness, abaixo entrevista na integra com jogador profissional Fabrício “Mandela” de 34 anos:

A quanto tempo você é jogador profissional de poker?

Jogo poker há onze anos, seis profissionalmente.

Como você se prepara antes de uma partida, existe um trabalho com sua saúde emocional?

Exercícios físicos e meditação fazem parte da minha rotina de preparação diária. Controle emocional é essencial pra não perder o foco e continuar jogar bem durante as horas de sessão.

Você já disputou algum torneio? Como foi sua preparação e qual sua melhor posição final?

Tenho mais de 20 mil torneios jogados online, que é onde jogo diariamente. E algumas dezenas de torneios ao vivo. Já fiquei em primeiro lugar algumas vezes.

Minha preparação para jogar online começa com um pulinho na academia, depois 10 a 30min de meditação e só então começo a jogar.

Na sua visão o Poker tem o reconhecimento que deveria?

Como esporte, ainda não.

Muita gente ainda acha que é jogo de azar por ver apenas o lado das apostas no poker não a habilidade necessária para se sair bem no jogo. Mudar isso ainda vai levar um pouco de tempo pelo estigma que o esporte carrega, mas acredito que iniciativas como o Big Player ajudam em muito a diminuir esse preconceito e a mostrar o outro lado do poker pra quem não conhece.

Quais são as maiores dificuldades para esta profissão?

A maior dificuldade é a falta de apoio familiar e a visão social do esporte. Quem começa com esse apoio geralmente consegue se sair melhor em menos tempo. Hoje o poker já é um pouco mais respeitado e reconhecido, mas ainda temos um longo caminho pela frente.

Quais as dicas para lidar com o dinheiro você daria para quem está ingressando no poker?

Se você deseja se profissionalizar separe suas despesas essenciais e para emergências do seu caixa (banca pro poker). Vou falar algumas dicas:

– Ter que sacar parte de sua banca para pagar despesas pode lhe custar a carreira.

– Tenha controle de banca!

– No poker temos uma grade de torneios que jogamos e devemos respeitar ela sempre!

– Não investir toda sua banca em um torneio só ou em poucos torneios.

– O ideal é montar uma grade de torneios de valor mais baixo para ter mais garantia de retorno e lucratividade em longo prazo.

O que você pensa que é necessário para trazer uma nova visão sobre o esporte?

Informação!

Com informação e tempo para as pessoas absorverem, interpretarem e entenderem como o esporte realmente é acredito que ainda venceremos esse preconceito.

Website: https://bigplayerbrazil.com.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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