A indústria brasileira de aço prevê investimentos de R$ 52 bi até 2026. A projeção é do Instituto Aço Brasil, que indicou que boa parte desses aportes deverá ser destinada a inovações tecnológicas e a ações que viabilizem o enquadramento das empresas nas metas de mudanças climáticas.
A produção nacional ficou em 9º lugar no ranking mundial de produtores em 2021 – a liderança foi da China, com mais de 1 bilhão de toneladas alcançadas. Três segmentos tubos de aço representam mais de 80% do consumo de aço no mercado brasileiro: construção civil (41,2%), automotivo (21,3%) e bens de capital (19,6%).
“Esse investimento demonstra confiança na economia e no potencial de crescimento da indústria siderúrgica brasileira. Os recursos podem impulsionar a modernização das fábricas, aumentar a capacidade de produção e melhorar a competitividade do país”, acredita Adilson Reis, sócio-administrador da Metalon Tubos de Aço.
Um setor da economia que demanda produtos da siderurgia nacional é o agronegócio, que utiliza tubos de aço em sistemas de irrigação, construção de estruturas para armazenamento e transporte de água, tubulações para distribuição de fertilizantes e pesticidas, suporte para estufas e galpões, entre outros equipamentos.
“Os aportes projetados na indústria podem resultar em uma maior capacidade de produção, melhoria na qualidade dos produtos e redução nos custos. Isso pode beneficiar o setor agrícola, facilitando o acesso a tubos de aço de melhor qualidade e a preços mais competitivos”, afirma Reis.
Ainda segundo o sócio-administrador da da Metalon Tubos de Aço, a expansão de áreas irrigadas, a modernização de sistemas de produção e a infraestrutura agrícola são alguns dos fatores que contribuem para o aumento na necessidade de tubos de aço.
Reflexo em outros setores
Um possível aquecimento da indústria do aço implicaria em investimentos em infraestrutura, construção civil e obras públicas, o que poderia impulsionar a demanda por materiais siderúrgicos, incluindo barras de aço, perfis, chapas e outros produtos. Por reflexo, beneficiaria a cadeia produtiva como um todo, desde a fabricação de aço até a produção de componentes e estruturas utilizadas nessas áreas.
“A busca por maior eficiência, sustentabilidade e produtos de melhor qualidade pode impulsionar investimentos em pesquisa e desenvolvimento, resultando em avanços tecnológicos que beneficiam toda a indústria”, diz Reis.
Além disso, há a perspectiva de impacto na geração de empregos, com criação de novas vagas de trabalho, tanto diretas quanto indiretas.
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