A temática da equidade de gênero no mercado de trabalho tem ganhado cada vez mais destaque em meio à pauta econômica brasileira dos últimos anos. As mulheres estão a caminho de se tornar as mantenedoras da maioria dos lares brasileiros – tendo em vista que já representam a fonte de sustento para mais de 40% das famílias do país, de acordo com o mais recente levantamento do IPEA – mas ainda assim são elas que enfrentam o maior índice de desemprego, recebem os menores salários e ainda têm que lidar com até três vezes mais casos de assédio moral e sexual em ambientes de trabalho.
Estes dados, no entanto, não passam despercebidos pelo próprio mercado, em especial pelos setores de investimento e consumo, que priorizam a relação com iniciativas empresariais alinhadas ao princípio da equidade de gênero, seja dedicando a elas certificações que aumentem sua valoração ou preferindo consumir produtos criados por empresas mais plurais alinhadas ao desenvolvimento sustentável da sociedade, por exemplo.
Para além do reconhecimento recebido de stakeholders, adotar políticas de equidade contribui também para a criação de um ambiente empresarial mais justo, digno e com alto potencial de inovação, conforme aponta o levantamento da McKinsey & Company, no qual consta que companhias com maior diversidade de gênero possuem 21% mais chances de apresentar inovações e resultados acima da média.
Atenta a este cenário, a plataforma de empregabilidade Refuturiza, lista 4 iniciativas que podem ser adotadas por empresas interessadas em se tornar mais igualitárias:
No Brasil, é comum que a indicação passe na frente de todos os outros fatores quando o assunto é contratação de profissionais, mas uma análise de habilidades e de perfil comportamental – por meio do Teste DISC, por exemplo – pode ser mais eficiente e evitar que enviesamentos de diferentes naturezas se incidam sobre os processos seletivos.
Uma vez que os profissionais fazem parte da empresa, eles se tornam responsabilidade dela e peças fundamentais da engrenagem cujo movimento faz com que o negócio se desenvolva. Por isso, ouvir suas ideias e demandas abertamente, oferecer apoio para que eles façam capacitações e dar suporte a suas ações são essenciais para que a dinâmica empresarial se estabeleça de forma sustentável.
Nesta época do ano, é comum que ações em prol da igualdade de gênero, como palestras e workshops, apareçam aos montes, em uma iniciativa importante e necessária. No entanto, é fundamental lembrar que a desigualdade ocorre todos os dias do ano, não apenas em 8 de março, e por isso as medidas precisam também estar voltadas ao longo prazo.
No Brasil, as mulheres ganham cerca de 20% menos do que os homens, por questões como a priorização da escolha de pessoas do sexo para ocupar cargos de liderança. Frente a essa estatística, ganha destaque a importância de avaliar a capacidade e o comprometimento dos profissionais na hora de promovê-los, em detrimento a outros fatores como afinidades, além de padronizar salários e oferecer benefícios baseados na paridade, como o direito à licença maternidade e paternidade.
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