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Adolescentes que recebem mesada desenvolvem o hábito da poupança

São Paulo 26/3/2021 –

Falar sobre educação financeira no Brasil ainda parece muito longe da realidade de grande parte da população, principalmente se comparado a países mais desenvolvidos. Voltando no tempo, é possível entender melhor os motivos que levaram os brasileiros a se distanciarem tanto do assunto.

Somente há duas décadas o país conseguiu ter uma moeda relativamente estável e sua inflação controlada, mas nem sempre foi assim. Em momentos em que a inflação estava fora dos eixos, não fazia sentido poupar já que a moeda se desvalorizava. Até hoje os reflexos desses tempos são sentidos e é possível dizer que, mesmo com certa estabilidade inflacionária, esta cultura ainda é predominante.

Por um lado, o distanciamento do brasileiro do assunto educação financeira, por outro, uma crise econômica mundial acarretada pelo coronavírus, que segue atingindo centenas de milhares de pessoas. Os reflexos são vistos e sentidos e há a cada dia mais pessoas endividadas. Em outubro de 2020, 66,5% das famílias brasileiras estavam com problemas financeiros, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Com uma crise avassaladora aliada a falta de conhecimento sobre o assunto, os filhos dessas famílias também acabam sendo impactados. Para formar jovens conscientes financeiramente, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) definiu a obrigatoriedade da educação financeira no currículo dos ensinos infantil e fundamental das escolas públicas e privadas do Brasil. A medida foi realizada ainda no ano passado e a disciplina é contemplada dentro da aula de matemática.

Segundo dados da análise do comportamento dos usuários do Blu by BS2, a conta para adolescentes com foco na educação financeira do Banco BS2, crianças e adolescentes que já possuem um pouco desse conhecimento e recebem mesada regularmente já entendem e começam a trabalhar a educação financeira desde cedo.  

De acordo com o levantamento, feito em 2020, os adolescentes que recebem mesada dos pais poupam cinco vezes mais, em comparação aos que recebem dinheiro de forma esporádica. Ainda de acordo com esse estudo, menos de um quarto dos assinantes do serviço dão mesada aos dependentes. No entanto, na parcela dos jovens que recebem valores em datas fixas, 20% fazem aportes à conta reserva, ou seja, têm o hábito de poupar. Já entre os que recebem dinheiro eventualmente, apenas 3,5% separaram algum valor para a reserva.

“A mesada é o principal instrumento de educação para crianças e adolescentes, e estes números demonstram isso com muita clareza”, afirma Marcos Figueiredo, cofundador do Blu by BS2. Para ele, dar dinheiro com regularidade ajuda a criar hábitos importantes para a formação de cidadãos conscientes financeiramente no futuro, como por exemplo a capacidade de planejar os gastos. “O ideal é o adolescente se acostumar a separar uma parte da mesada assim que receber, aprendendo a poupar antes de consumir”, explica Figueiredo.

Essa educação financeira desde cedo pode impactar, inclusive, para mudar o atual cenário de brasileiros que possuem conhecimentos mais aprofundados sobre economia e que passaram por um processo de educação financeira. Segundo pesquisa divulgada pela S&P Global FinLit Survey, apenas 28% dos brasileiros têm conhecimentos sobre o assunto, números equivalentes à da América Latina, que varia entre 25% e 34%. Já na América do Norte e na Europa, o percentual varia de 55% a 75%.

Outro dado importante observado na análise do Blu é que os usuários com mesada conseguem poupar valores mais altos: os totais aportados para contas reserva são quatro vezes maiores neste grupo, em comparação aos adolescentes que só recebem dinheiro em transferências eventuais. Segundo Figueiredo, é fundamental desenvolver nos adolescentes o hábito de poupar desde cedo. “Pensando em facilitar a vida dos usuários, incluímos no Blu by BS2 uma funcionalidade de mesada que permite programar valores e datas fixas para o pagamento ser transferido aos filhos ou dependentes. Além disso, criamos um incentivo para que os adolescentes combinem a mesada com os pais”, afirma.

Website: https://www.bs2.com/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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