O laboratório de inovação em linguagens jornalísticas da Agência Pública (LAB) acaba de dar mais um fruto. Como parte do projeto, a agência anuncia sua primeira série de reportagens investigativas em realidade virtual. O trabalho mostra a situação da Baía de Guanabara, que recebe 18 mil litros de esgoto não tratado por segundo.
O trabalho apresentado pela Agência Pública mostra a realidade da baía do ponto de vista de três pescadores sobre as águas de onde saem seu sustento. Para fazer a série investigativa, os jornalistas passaram nove meses produzindo os vídeos com uma câmera 360°, que permitem aos espectadores explorar de maneira interativa o cenário dessa história, que é cartão postal do Rio de Janeiro e patrimônio da humanidade.
O especial é dividido em três episódios: o primeiro, que já está no ar, tem como tema saneamento “nada” básico no entorno da Baía de Guanabara. Quem conta a história e mostra o cotidiano é Alaido Malafia, um pescador que mora à beira do Rio Roncador, na cidade de Magé, onde não existe coleta ou tratamento de esgoto. Dentro do barco com Alaido, a reportagem da Pública busca respostas para entender porque ainda não tem saneamento básico na capital cultural do Brasil.
O segundo episódio também está disponível e trata da realidade dos pescadores, que têm apenas 12% da área da baía liberada para pesca. O ativista e presidente da Associação Homens e Mulheres do Mar da Baía de Guanabara, Alexandre Anderson e outros pescadores relatam conflitos que envolvem tiros e abordagens agressivas. Eles temem que a prática histórica da pesca na baía seja extinta. O catador de caranguejo Gilciney Gomes Lopes, que também vê sua atividade prejudicada pelos antigos lixões a céu aberto no entorno da Baía de Guanabara e que ainda hoje são responsáveis pelo vazamento de chorume nas águas.
O último capítulo da série vai ao ar na próxima segunda-feira, 28, e conta a história de Gildcley, que encara as milícias que hoje dominam o terreno, o poder público e a empresa Gás Verde que opera o aterro.
“As videorreportagens da Série Baía 360 foram todas filmadas em realidade virtual. Trata-se de uma experiência imersiva em vídeo que permite que o público interaja com o que está sendo mostrado de maneira 3D – como se o espectador também estivesse na cena. É possível assistir aos vídeos na tela de computadores e smartphones”, explica a Agência Pública.
Para acompanhar o especial da Agência Pública, acesse este link.
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