Quais os hábitos e preferências do brasileiro no uso de aplicativos de marcas? Qual o perfil do relacionamento do público com estas plataformas? Quais as propostas de valor que justificam o download destas ferramentas? Estas e outras questões são foco da pesquisa realizada pelas empresas de tecnologia TopperMinds e a MindMiners, cujo resultado foi revelado nesta semana.
Segundo os responsáveis, a pesquisa comprova que as marcas precisam investir melhor nos aplicativos, não apenas enriquecendo-os com conteúdo, mas principalmente gerando utilidade real no dia a dia do usuário, para gerar fidelidade e vendas. Participaram do levantamento 1.000 brasileiros, 50% de homens e 50% de mulheres, de todas faixas etárias acima de 18 anos, das classes ABC das cinco regiões brasileiras.
Os objetivos do estudo “Uso de aplicativos: pesquisa revela hábitos e preferências dos brasileiros” foram compreender a motivação de uso, se consumidores pagariam por downloads, quais aplicativos são mais úteis, quais os app “queridinhos” e identificar o comportamento de compra por esse canal.
As empresas que promoveram a pesquisa informam que a principal conclusão é que o brasileiro está aberto para pagar por aplicativos que tenham utilidade, que ofereça benefícios reais, facilitem o dia a dia ou proporcione entretenimento. Porém, as marcas não entenderam como explorar tantos recursos tecnológicos e seus canais de venda.
Diretor executivo da TopperMinds, Fabrizzio Topper afirma que o único fator decisivo para o consumidor manter o aplicativo de uma marca instalado no seu aparelho móvel é a utilidade. “A pesquisa realizada pela TopperMinds em parceria com a MindMiners evidencia, ainda mais, a importância da transformação cultural e digital que as marcas precisam atravessar para entender realmente a nova jornada de compra do seu público alvo”.
O executivo afirma que marcas que apenas replicam conteúdos e funcionalidades do desktop no mobile perdem tempo. Para ele, é essencial entregar valor por meio de utilidade, com ainda mais facilidade e relevância do que os demais ambientes, “para se tornar parte do dia a dia do usuário ou seremos todos, pouco a pouco, deletados”.
Os criadores do estudo revelam, ainda, que usuários que consomem conteúdo via app, preferem a praticidade de poder comprar em qualquer hora e lugar, a rapidez do processo e vantagens de algumas lojas como desconto exclusivo ou frete grátis, por exemplo.
Para entendem hábitos e preferências dos consumidores brasileiros, os responsáveis pela pesquisa dividiram os questionamentos em três partes: uso de smartphones, uso de aplicativos e experiência de compra.
Sobre o uso de smartphone, 90% dos entrevistados afirmaram que usam sistema operacional android e 58% utilizam há mais de cinco anos. A maioria já baixou ou instalou aplicativo, sendo que jogos e redes sociais são os mais baixados, além dos apps úteis como de bancos e transporte, mas 59% nunca pagou para instalar aplicativo.
Das pessoas que baixam aplicativos: 78% usam apps gratuito por serem mais atrativos, 83% priorizam os que auxiliam nas atividades pessoais, 60% porque recebem vantagens e ofertas, mas só 36% compram por meio destas plataformas. A surpresa fica para os 57% de usuários dispostos a pagar pelo aplicativo se perceber que será útil.
Além disso, os estímulos para uso de aplicativos se baseiam em facilidade de comunicação (41%), ajuda em tarefas práticas do dia a dia (22%) e alternativas para diversão e entretenimento (22%).
Enquanto 72% dos participantes da pesquisa já compraram via aplicativo – principalmente produtos de moda, eletrônicos, celulares e livros –, alguns consumidor usam estas plataformas dentro das lojas físicas, para obter benefícios e descontos. Por ser um ativo ao consumidor, 71% estão dispostos a pagar por um aplicativo (de R$ 1,00 a R$ 10,00), desde que perceba valor e utilidade.
Para os compradores, a grande vantagem da loja física ainda é poder levar o produto para casa na hora. Sites e apps ganham pela praticidade na compra. Em pergunta aberta, o Mercado Livre foi indicado, espontaneamente, como a plataforma de compras favorita de 20% dos entrevistados.
“As compras pelo celular também se tornam cada vez mais comuns. Dentre aqueles que nunca vivenciaram a experiência, a maior justificativa é a falta de oportunidade. As marcas parecem ainda não ter entendido como explorar tantos recursos tecnológicos dentro de seus canais de venda. Vantagens e descontos exclusivos são vistos com bons olhos pelos entrevistados e um grande estímulo para o download de um app”, explica a diretora da MindMiners, Danielle Almeida.
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