A Prefeitura de Paris presta sua homenagem nesta quinta-feira, 5, às vítimas do atentado terrorista contra o jornal francês Charlie Hebdo, em 7 de janeiro 2015, que deixou 17 mortos. A informação é da Rádio França Internacional.
O ataque à sede do jornal satírico aconteceu em plena luz do dia e mergulhou a França no luto. Este foi o primeiro de uma série de atentados que atingiram o país e que deixaram, desde então, 247 mortos.
A prefeita Anne Hidalgo, o ministro do interior, Bruno le Roux, e representantes de associações das vítimas depositaram uma coroa de flores na antiga redação do Charlie Hebdo, no 11° distrito da capital, e fizeram um minuto de silêncio em homenagem aos mortos no ataque. O atual editor do jornal, o cartunista Riss, também estava presente. A prefeitura de Paris proibiu que fossem feitas fotos ou imagens dos parentes sem uma autorização prévia.
Ahmed Merabet, o policial morto à queima-roupa pelos autores do ataque, Saïd e Cherif Koachi, durante a ação terrorista, também foi homenageado. As autoridades francesas também visitaram a mercearia judaica Hyper Cacher, em Vincennes, onde um outro terrorista, Amedy Coulibaly, matou, no dia 9 de janeiro de 2015, quatro pessoas.
O atentado contra o Charlie Hebdo foi uma resposta dos jihadistas às caricaturas de Maomé publicadas no jornal satírico. O atentado foi reivindicado pela filial da Al Qaeda no Iêmen. O ataque ao mercado foi atribuído ao grupo Estado Islâmico.
Sob ameaça
Dois anos depois do massacre, os jornalistas do Charlie Hebdo continuam sob ameaça e trabalham em um local secreto. Superando aos poucos o trauma do ataque, o jornal não mudou sua linha editorial, como prova a edição que chegou às bancas nesta quarta-feira.
“2017, finalmente o fim do túnel” é a manchete de capa que traz a charge de um homem que olha pelo cano de um fuzil. A arma é apontada por um jihadista, olhar raivoso, com uma longa barba e uma túnica branca. O desenho é assinado por Foolz, da nova geração de cartunistas da revista.