29/5/2020 – Uma polêmica tem sido criada no Brasil e em alguns outros países a respeito do uso de um medicamento, a cloroquina, para atenuar os efeitos da doença.
Neste momento, no qual o mundo se defronta com a maior crise de saúde pública dos últimos cem anos, todas as esperanças de uma solução rápida estão concentradas nos laboratórios científicos ao redor do mundo. Enquanto não houver uma resposta sobre como lidar com o vírus, o melhor a fazer é evitar contraí-lo, redobrando os cuidados com higiene e mantendo o distanciamento social. Os pesquisadores estão buscando, por vários caminhos, as medidas mais eficientes para combater a doença, e há a possibilidade efetiva de criação de uma vacina a médio prazo.
Nunca antes um grupo tão grande de pessoas buscou tanta informação, e com tanto interesse, a respeito do desenvolvimento de pesquisa científicas e inovações na área da saúde pública, o que é positivo. Mas, se a popularização da comunicação online pelas redes sociais cria uma série de facilidades, que se são bem aproveitadas por algumas pessoas nessa hora, também oferecem o risco de disseminação de notícias falsas, as fakenews, que podem levar à confusão e desinformação, se não houver um olhar atento sobre elas.
Uma polêmica tem sido criada no Brasil e em alguns outros países a respeito do uso de um medicamento, a cloroquina, para atenuar os efeitos da doença. As pesquisas iniciais indicaram que ela poderia apresentar bons resultados, mas que, posteriormente, não foram confirmados em novas pesquisas. Nada há de estranho nisso: a boa ciência se faz com hipóteses, seleção de corpus de pesquisa, testes em etapas, replicação, divulgação de resultados e sua aprovação pela área do conhecimento. Não há garantias que ao final se chegará à recomendação de um novo tratamento, mesmo que no começo ele tenha parecido promissor. De qualquer forma, não há outra maneira de criar conhecimento científico que não seja por este passo a passo. Acelerar o processo, ou querer que os resultados sejam diferentes do que aqueles demonstrados, é lutar contra os fatos.
Saber como funcionam os princípios da ciência é um conhecimento fundamental para que a população não seja enganada. Por isso, a questão da educação científica tornou-se absolutamente determinante nos últimos meses. Neste momento, no qual a luta contra a disseminação do novo coronavírus é uma atribuição de todos, tanto mais se mostra a importância de uma educação que seja abrangente e inclusiva, e dê a todos as ferramentas de participação efetiva nesse esforço da sociedade.
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