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Artistas se beneficiam de visto que permite residência nos Estados Unidos

Los Angeles, CA 27/6/2017 – “A falta de conhecimento faz com que o visto O-1 seja pouco procurado por brasileiros que, sem saber, possuem o perfil para imigrar legalmente para os Estados Unidos”

Na contramão das políticas de imigração do presidente americano Donald Trump, que aumentam o rigor na concessão de vistos aos Estados Unidos, existe uma categoria de imigrantes que permanece bem-vinda ao país: a classe artística. Visando atrair os melhores talentos do mundo nos campos da música, artes plásticas, literatura, cinema e outras atividades criativas e intelectuais, o visto O-1 permite que profissionais com habilidades excepcionais fixem residência nos Estados Unidos pelo período de três anos, com a possibilidade de renovação e até obtenção de green card. O candidato pode ainda estender o benefício para conjugue e filhos e tem permissão de trabalho no país.

“A falta de conhecimento faz com que o visto O-1 seja pouco procurado por brasileiros que, sem saber, possuem o perfil para imigrar legalmente para os Estados Unidos”, diz Flávia Santos Lloyd, advogada de São Paulo baseada na Califórnia, especializada em processos de imigração entre os dois países. Começando pelos critérios que definem talentos extraordinários, a análise é feita com base na relevância do candidato em seu campo de atuação, independentemente de sua atividade. “Cabeleireiros, maquiadores, estilistas e muitas outras profissões criativas são aceitas, contanto que o profissional comprove a excelência e o reconhecimento público de seu trabalho”, explica a advogada.

Candidatos ao visto O-1 precisam preencher pelo menos três de oito pré-requisitos, incluindo recebimento de prêmios, menções honrosas ou nomeações profissionais, cobertura de imprensa, artigos acadêmicos de própria autoria, participação em associações de alta qualificação, entre outros.

Cantora e compositora de São Paulo, Monique Maion vive nos Estados Unidos desde 2014 por meio do O-1. A artista, que chama a atenção pelo estilo peculiar que mistura referencias como Tom Waits e Ella Fitzgerald com ritmos brasileiros, já se apresentou em festivais como o Planeta Terra, em shows da extinta MTV Brasil e também no Programa do Jô. Seu videoclipe, I Killed a Man, recebeu o prêmio de melhor vídeo musical de 2011 no Festival Manuel Padeiro de Cinema e Animação. Monique levou sua música para a Inglaterra, Suíça e Alemanha, e seu trabalho aparece recomendado em diversas publicações, incluindo a icônica Rolling Stone. O curriculum de prestígio foi aprovado pelo governo americano quando a cantora decidiu se mudar para os Estados Unidos. “Meu objetivo é construir uma carreira internacional e para isso preciso me aproximar do público estrangeiro”, comenta a artista que mora em Venice, na Califórnia. Ela se prepara para lançar o seu terceiro álbum e não tem planos de regressar ao Brasil tão cedo. “Enquanto o meu trabalho tiver espaço nos Estados Unidos e for possível renovar o meu visto, eu pretendo ficar”.
 
Além de preencher as qualificações exigidas, candidatos ao visto O-1 investem aproximadamente 5 mil dólares (cerca de 16 mil reais) pelo acompanhamento jurídico, mais as taxas da imigração americana, que variam de acordo com o caso. 

Website: http://www.santoslloydlaw.com/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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