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Atlas reúne dicas para empresas que começam a contratar internacionalmente

Contratar talentos em outros países costumava ser uma dor de cabeça para muitas empresas. Várias startups brasileiras começaram seu processo de expansão internacional tentando encontrar talentos no Brasil que tivessem o conhecimento e as habilidades necessárias para as funções determinadas. Esse processo reduzia o pool de talentos que podia ser acessado e, de tão reduzido, muitas vezes as pessoas acabavam indo de uma empresa a outra, inflacionando salários e aumentando a rotatividade.

Com a diminuição da resistência ao trabalho remoto e o crescimento dos serviços de EOR – Employer of Recordas empresas entenderam que o seu pool de talentos pode ser global em vez de local e que não é preciso abrir novas entidades pelo mundo para contratar pessoas legalmente, pois uma EOR já tem todas as entidades abertas e pode contratar para seus clientes. Esse caminho tem se tornado cada vez mais comum e eliminado fronteiras de conhecimento.

Pensando nisso, o executivo Carlos Butori, VP da Atlas para a América Latina da HRTech Atlas, reuniu algumas dicas para as empresas que estão começando a sua expansão:

Conhecer as leis trabalhistas e aspectos culturais do país em que pretende entrar

Existe uma grande variação entre direitos e deveres do empregador, horário de trabalho,  compensação, forma de pagamento, licenças, rescisão e indenização entre os países, muitas vezes dentro de uma mesma região. Além disso, é essencial levar em conta aspectos culturais na contratação de funcionários estrangeiros ou mesmo quando estamos considerando uma política de mobilidade global. O executivo recomenda que o empregador consulte a página da Atlas dedicada às especificidades de mais de 160 países, atualizada constantemente pelos profissionais locais.

Diminuir o risco, o investimento e a distração

Na fase inicial da expansão – comumente chamada de “discovery” -, as empresas precisam dedicar algum tempo entendendo o mercado e testando a aceitação de seu produto ou serviço. É o momento em que a equipe de expansão precisa estar inteiramente focada na inteligência e no crescimento da operação. Não há espaço para dedicar pessoas a estudar sobre leis de outros países e nem pode assumir riscos – por isso, a contratação de um EOR é importante nessa fase. Uma empresa do setor poderá cuidar de todo o processo de contratação de talentos locais, sem necessidade da empresa cliente investir na abertura de entidades próprias.

Levar em consideração experiência de quem será contratado

A integração dos primeiros funcionários fora do país não é simples. Eles conhecem menos sobre a marca, estarão em outro fuso horário e provavelmente falam outro idioma. O empregador deve verificar a experiência e o onboarding que o seu EOR está apto a oferecer, assim como a ausência de terceiros no processo. O funcionário precisa ter suporte no idioma e fuso locais, receber sem atrasos, ter acesso a bons benefícios e sentir que a empresa contratante está cuidando de sua chegada e integração de maneira cuidadosa e inclusiva.

Adaptar a comunicação

Equipes multiculturais tendem a enriquecer o conhecimento da empresa, tanto sobre particularidades de diversos mercados, como trazendo expertise em outras áreas de negócios e isso será muito benéfico para a equipe que está no país de origem. Porém, alguns ajustes serão necessários. O empregador deve tomar cuidado com fuso horário e idioma de comunicação para que os recém chegados não se sintam isolados. Também é válido oferecer treinamentos culturais de ambos os lados e o estabelecimento de uma comunicação constante e transparente.

Essas orientações são determinantes para as empresas que desejam expandir suas operações globalmente e superar as barreiras relacionadas à contratação de talentos em diferentes países. As operações via EOR tornam os processos menos burocráticos, inclusive no que tange questões como gestão de folha de pagamentos e impostos.

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