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Aumento no uso da internet em função do Covid-19 faz crescer os golpes online

1/9/2020 –

A popularização do comércio eletrônico não é novidade no Brasil. Fatores como a popularização e o barateamento da tecnologia, bem como o bom momento econômico observado no início da década, fizeram com que os consumidores do país usassem ainda mais as plataformas digitais. Já em 2013, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontava que os dispositivos móveis, como tablets e smartphones, haviam ultrapassado os computadores como meios mais usados para acessar a rede.

Com a pandemia do novo coronavírus e o consequentemente confinamento, a procura pelo eCommerce aumentou ainda mais. Ao mesmo tempo, o home office ficou ainda mais comum, com as empresas pedindo para seus colaboradores ficarem em casa. Esse cenário foi a tempestade perfeita para hackers e criminosos virtuais aumentarem suas ações durante a pandemia.

Golpes online aumentam com maior exposição

O trabalho em casa significa que computadores e celulares pessoais podem ser usados para trabalhar sem estar protegidos devidamente. Informações que antes só eram vistas em aparelhos e dentro de sistemas implantados, agora estão expostos. Junto a isso, a conveniência do eCommerce e da internet de modo geral se tornaram evidentes. O problema é que, ao mesmo tempo, os criminosos que atuam na rede identificaram uma oportunidade para aplicar ainda mais golpes. A própria pandemia tem sido explorada com essa finalidade: dados da Check Point apontam que 17% dos domínios registrados a respeito da Covid-19 são maliciosos ou suspeitos.

No caso brasileiro, a maior parte dos golpes aplicados pela internet é da categoria phishing. Trata-se de uma técnica que consiste em reproduzir e-mails ou mesmo sites inteiros de empresas famosas, induzindo o visitante a proporcionar dados sensíveis, como bancários ou de cartão de crédito. Por conta disso, costuma haver um prejuízo financeiro significativo.

Outro tipo de golpe comum é o ransomware. Mais direcionado a empresas, pequenas ou grandes, este ataque rouba todos os documentos, dados e informações sensíveis de um computador, servidor ou nuvem e cobra um resgate, como se fosse um sequestro.

A Tesla, montadora de automóveis elétricos, por pouco não se viu em meio a um gigantesco problema virtual. O FBI descobriu a tempo uma ação que previa a instalação de um malware em seu sistema.

Ao falar de uma empresa gigante, há um maior nível de cuidado e atenção. Freelancers, autônomos e pequenas empresas podem não ter a mesma sorte. Por isso todos os usuários, especialmente quem está trabalhando em casa nestes tempos, precisa prestar muita atenção.

 O que é possível fazer para evitar esses golpes?

Para evitar tornar-se vítima desse tipo de iniciativa, é necessário tomar uma série de cuidados. Entre eles, estão fazer compras apenas em sites reconhecidos; verificar sempre o nível de segurança das páginas visitadas e ficar atento aos contatos recebidos por marcas, checando se eles foram realizados pelos canais oficiais. Caso alguma plataforma fraudulenta seja identificada nesse processo, é essencial alertar a empresa cujo nome está sendo usado.

Como as compras online são cada vez mais comuns, é normal relaxar e ceder informações sensíveis, como dados de pagamento (inclusive de cartão de crédito) e número de identificação pessoal e fiscal (RG e CPF). Isso é um erro.

Entre os vários tipos de sites comuns de receberem ataques de hackers que roubam dados de clientes, grandes portais, cassinos online, lojas virtuais e redes de grandes empresas, são os mais frequentes. Por isso, o usuário precisa prestar atenção e detectar sinais positivos em cada empresa, além de se informar muito antes de criar uma conta. Caso todos os compradores de produtos online adotassem as mesmas medidas, talvez o número de golpes seria menor.

O nível de segurança da página é uma das primeiras coisas que o consumidor deve avaliar na hora que deve fazer uma operação confidencial online. É fundamental preferir os sites que possuem certificação SSL – ou seja, que criptografam as informações transmitidas ao servidor. Desse modo, mesmo que elas sejam interceptadas, serão inúteis a quem o fizer. Essa é uma verificação extremamente simples: basta checar se, ao visitar o site, há um ícone de cadeado ao lado esquerdo da barra de endereços. Ao se clicar em cima dele, é possível obter mais informações sobre a segurança do site.

Caso seja possível, é interessante optar pela a realização de pagamentos por meio de carteiras digitais, como o PayPal. Quando o procedimento é feito dessa forma, não é preciso inserir dados sensíveis, como o número e o código de segurança do cartão de crédito, na página: isso é feito diretamente na plataforma responsável pelo pagamento.

Vítimas devem procurar o auxílio de órgãos especializados

Mesmo tomando todos os cuidados, é perfeitamente possível cair em um golpe aplicado por meio da internet, sofrendo, inclusive, prejuízos financeiros. Felizmente, quem se vê nessa situação pode tomar medidas para minimizar os danos.

Em primeiro lugar, é fundamental contestar todos os gastos realizados indevidamente junto ao banco ou instituição financeira. Também é muito importante mudar senhas de contas bancárias, e-mails e redes sociais, pois tais dados podem ter sido interceptados pelos criminosos. Por fim, também é fundamental denunciar o caso às autoridades competentes – normalmente, a delegacia especializada em crimes cibernéticos mais próxima. Existem, ainda, instituições que recebem denúncias do tipo e lhes dão o devido encaminhamento, como a ONG SaferNet.

Website: http://www.emarket.ppg.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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