Óleo vegetal extraído da azeitona há cerca de cinco mil anos por diversos povos do mundo, o azeite foi incorporado à rotina alimentar dos brasileiros desde que foi trazido ao país pelas mãos dos europeus, séculos atrás. De acordo com um levantamento do IPE (Instituto de Pesquisas & Estratégia), o azeite é consumido por 76% da população do Brasil.
O consumo ganhou força nos últimos anos, com a expansão da cultura da azeitona no Brasil. Segundo o Ibraoliva (Instituto Brasileiro de Olivicultura), a safra brasileira de 2022 foi de 202 mil litros industrializados. Além disso, o país é o segundo maior importador de azeite de oliva, atrás dos Estados Unidos. No último ano, foram importados 107 milhões de litros.
O fruto da oliveira oferece diversos tipos de azeite, sendo que o extravirgem é o que tem a acidez mais baixa (até 0,8°). Regina Giora, nutricionista parceira da Banca do Ramon – empório gourmet presente no Mercado Municipal de São Paulo, na capital paulista desde 1933 -, explica que há algumas diferenças na preparação dos alimentos com o azeite extravirgem em relação à preparação com outros produtos.
“As gorduras monoinsaturadas presentes no azeite extravirgem têm ação antioxidante, fazendo com que a degradação do azeite seja mais lenta em comparação com os demais óleos, preservando melhor os compostos bioativos dos alimentos que possuem inúmeras propriedades benéficas à saúde”, afirma.
Nutricionista explica principais benefícios do azeite extra virgem
Segundo Giora, o azeite extravirgem atua na saúde cardiovascular e o seu consumo regular promove fortalecimento e resistência na saúde do coração, mesmo com os efeitos do avanço da idade. Além disso, é um aliado na prevenção da hipertensão arterial.
Segundo um balanço da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), em média, 30% da população brasileira convive com a chamada “pressão alta”. Outrossim, um levantamento da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) divulgado em 2019 revela que somente 18,8% dos hipertensos do país receberam orientações de excelência para lidar com a doença.
A especialista acrescenta que o azeite extravirgem também atua na melhora do colesterol, sendo capaz de reduzir os níveis de LDL (o colesterol ruim) e aumentar os níveis de HDL (o colesterol bom).
“Níveis de colesterol ruim (LDL) elevados estão associados à formação de placas ateroscleróticas que bloqueiam o fluxo sanguíneo e podem levar a doenças do coração até infarto e derrame cerebral”, acrescenta.
Além do mais, prossegue Giora, a ingestão de gorduras saudáveis em quantidades adequadas pode colaborar na perda de peso por suprir as necessidades de gorduras e estimular o metabolismo. “O azeite extravirgem contribui para a saúde da pele e cabelo por conta da sua ação antioxidante, que evita os danos do estresse oxidativo, ajudando no combate aos sinais da idade e proporcionando mais vitalidade”.
Componentes do azeite auxiliam na preservação dos alimentos
A nutricionista parceira da Banca do Ramon conta que a principal das gorduras – presente no azeite extravirgem – é o ácido oleico, gordura monoinsaturada também chamada de ômega 9. “O ácido oleico é facilmente absorvido pelo organismo e não adere nas artérias, contribuindo para o sistema circulatório e para o coração, sem contar as propriedades antioxidantes que atuam na proteção do organismo aos radicais livres”.
Além das gorduras, avança Giora, o azeite possui em sua composição 2% de outros elementos orgânicos, como os polifenóis, vitaminas, esteróis, álcoois, clorofila e substâncias voláteis. Os polifenóis são considerados antioxidantes naturais com diversas propriedades terapêuticas.
“O azeite contém as vitaminas A, D, E e K, que contribuem com suas características para trazer ainda mais benefícios. A vitamina A contribui para a visão. A vitamina D fortalece os ossos, a vitamina E é antioxidante e a vitamina K auxilia na coagulação e cicatrização. Por tudo isso, vale considerar o seu uso para uma vida com mais saúde e bem-estar”, finaliza.
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