A Black Friday já é uma data tradicional na programação da população brasileira. Tendo iniciado no ano 2000, esse ano completa 22 anos de existência. E, se antes, a data focava na promoção de produtos eletroeletrônicos mais baratos, hoje grandes redes de varejo ampliam os descontos para inúmeros itens que vão desde hortifruti, açougue, até roupas, entre outros. Neste ano, a Black Friday está marcada para acontecer dia 25 de novembro.
Em 2021, a data gerou um faturamento de R$ 5,8 bilhões segundo pesquisa da Ebit|Nielsen, divulgada no portal Jornal do Comércio. Esse ano a tendência pode ser maior visto que e-commerce já se consolidou após os dois primeiros anos de pandemia de Covid-19, que tensionou o consumidor a adquirir o hábito de comprar de forma on-line. De acordo com números levantados pelo Instituto Ipsos, 71% dos brasileiros pretendem fazer compras durante a Black Friday e, de acordo com os dados, os principais itens no radar dos consumidores são roupas, itens de papelaria, smartphones e eletroportáteis.
Esse ano há uma especificidade oportuna para o comércio, o advento da Copa do Mundo de futebol realizada no Catar, que será iniciada na mesma semana da Black Friday e, para muitos, coincidirá com o pagamento do 13º salário. O apelo comemorativo que a Copa do Mundo tradicionalmente ocupa na cultura nacional faz com que parte dos consumidores utilize a data promocional para investir em estoques de bebidas e carnes para churrascos, por exemplo. Além disso, camisetas e kits comemorativos fazem parte da lista dos torcedores.
Mateus Toledo, CEO da MT Soluções, com foco em lojas virtuais e marketplaces, afirma que a expectativa para o varejista para a Black Friday esse ano é grande: “Em um ano de Copa do Mundo, muitas coisas acontecem, os lojistas buscam produtos relacionados ao tema para atender os seus clientes. Ter a Black Friday, Copa do Mundo e festas natalinas, atraem energias positivas e prósperas para a sociedade, gerando mais compra”, afirma o CEO.
O profissional também acredita que o atenuamento das medidas de prevenção da Covid-19 faz com que mais pessoas voltem às ruas para consumir dos tradicionais polos de varejo das grandes cidades. No entanto, isso não diminui a expectativa de venda do e-commerce. “Tendo em vista que mais da metade dos consumidores pretendem aproveitar as promoções do último trimestre, isso pode trazer uma crescente neste ano em comparação ao ano de 2021.”