O Brasil caiu cinco posições no ranking da liberdade de imprensa e passa a ocupar o 104º lugar na classificação mundial divulgada anualmente pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF), ONG com atuação internacional em favor da liberdade de informação sediada em Paris. Apenas em 2015, foram contabilizados os assassinatos de sete jornalistas no Brasil, com relação direta com seu trabalho.
A queda no ranking é atribuída pela ONG a “falta de compromisso político para proteger os brasileiros”. “A ausência de mecanismos nacional de proteção aos jornalistas e a sensação de impunidade pelos crimes cometidos é responsável pela desconsideração do trabalho dos profissionais no Brasil”, declara o chefe de departamento da RSF, Emanuel Colombié, em evento para lançamento da pesquisa realizado nesta quarta-feira, 20.
Panorama global
O ranking retrata a situação da liberdade de informação em 180 países, avaliando indicadores como o pluralismo e independência da mídia, transparência, autocensura e infraestrutura por meio de um questionário online traduzido para 20 línguas e preenchido por especialistas da área. O primeiro lugar é ocupado pela Finlândia, seguida por Holanda e Noruega.
A RSF estabelece um índice mundial, que permite analisar o desempenho geral dos países em termos de liberdade de imprensa. Neste ano, a organização registrou um retrocesso de 3,71% com relação a 2015, puxado principalmente pelo aumento da repressão em nações asiáticas e africanas. “Temos que defender o verdadeiro jornalismo do que chamamos de propaganda e de interesses privados”, opina Colombié.
Situação do Brasil é “sensível”
No ranking, o Brasil está a frente de países vizinhos como Venezuela, Colômbia e Equador, mas ainda apresenta situação classificada como “sensível” pela RSF, sendo o terceiro país mais mortífero das Américas, atrás de México e Honduras. A pesquisa aponta que a recessão econômica e a instabilidade política que o país está passando tornam o trabalhos dos jornalistas mais difícil.
Também participou do evento de lançamento do relatório o diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Fernando Molica. A entidade foi criada em 2002, também com o propósito de garantir a segurança dos profissionais de comunicação. Desde 2013, no auge das manifestações por mudanças políticas, a instituição começou a produzir um levantamento de agressões a jornalistas no exercício da profissão.
“Em menos de três anos foram registrados 249 casos, incluindo episódios de hostilização, e a maioria foi praticada por agentes do estado de forma intencional”, declara Molica. “O número só não é maior após essas recentes ondas de radicalização pois nas últimas manifestações as equipes de TV, que não naturalmente mais visados, têm tomado cuidado de fazer a cobertura do alto de prédios ou de helicópteros”, completa.
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