O mês de fevereiro registrou a marca de 26 gigawatts de potência instalada em energia solar no Brasil, somando os índices de geração distribuída (usinas de menor porte) e geração centralizada (maior porte). A novidade do levantamento feito pela Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), em parceria com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), é que São Paulo ultrapassou Minas Gerais em geração distribuída no país por apenas 0,1% de vantagem.
Os números consolidam a fotovoltaica como a segunda fonte mais importante dentro da matriz energética brasileira, respondendo por 12% do total. Fica atrás apenas da hídrica, que, com quase 110 gigawatts, responde por 50,6% do total. Em terceiro lugar vem a eólica (11,4%). Também revelam a ascendência consolidada do setor, que, ao fechar 2022 com capacidade de 24 gigawatts, colocou o Brasil, pela primeira vez, no “top ten” do ranking mundial de geração de energia fotovoltaica.
O país agora ocupa a 8ª colocação, segundo o relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, a partir da sigla em inglês). O ranqueamento inclui grandes usinas (geração centralizada) e sistemas de menor porte (geração distribuída). Atualmente, em março de 2023, o mercado brasileiro já superou 26 GW, sendo 18 GW de geração distribuída e 8 GW de geração centralizada. Em 2021, o Brasil ocupava a 14ª posição, com 13 GW. Para chegar ao oitavo lugar, superou seis países: Espanha, Grã-Bretanha, Holanda, França, Vietnã e Coreia do Sul. Os cinco melhores colocados permanecem sendo China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Índia.
“Em um momento em que investir em energia limpa e adotar medidas econômicas sustentáveis são pautas urgentes e prioritárias em praticamente todo o mundo, a consolidação e crescimento da energia fotovoltaica no Brasil é uma notícia extremamente positiva, que deve ser comemorada”, avalia Gabriel Guimarães, diretor comercial da SolarVolt.
E como muitos empresários brasileiros têm adotado práticas de governança que levam em conta a preservação do meio ambiente, a tendência, segundo Gabriel Guimarães, é que o Brasil seja protagonista no crescimento do uso de fontes energéticas renováveis. “É impossível imaginar uma empresa funcionar sem a utilização de energia elétrica. Da mesma forma, quando se pensa em incluir práticas sustentáveis no ambiente empresarial, um dos primeiros pontos que vem à mente é a energia solar. Primeiramente, porque o Brasil é um país tropical, mundialmente conhecido pelo seu clima quente. Isso favorece a escolha por uma forma de produção de energia que necessita de radiação solar”, explica.
A energia fotovoltaica funciona por meio da instalação de painéis solares, geralmente no topo das edificações, que realizam a conversão da radiação solar em energia elétrica. Além de colaborar com a preservação ambiental e aumentar a visibilidade e valoração no mercado de seus empreendimentos, Gabriel afirma que empresários que optam pelo uso da fonte solar podem obter algumas outras vantagens financeiras, como retorno financeiro rápido, melhora na previsibilidade de custos e proteção contra a inflação energética.
O “top ten” do ranking mundial de geração solar fotovoltaica ficou assim:
China: 392 GW
EUA: 111 GW
Japão: 78,8 GW
Alemanha: 66,5 GW
Índia: 62,8 GW
Austrália: 26,7 GW
Itália: 25 GW
Brasil: 24 GW
Holanda: 22,5 GW
Coreia do Sul: 20,9 GW
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