Los Angeles 8/10/2020 – Seria muito difícil participar de um projeto dessa magnitude se estivesse estudando no Brasil
Quando o paulistano Fernando Kawall desembarcou na Califórnia, em 2012, seu objetivo era tornar-se um campeão de skate como Bob Burnquist e Sandro Dias. Uma série de acidentes com fraturas interromperam os planos de Fernando na carreira esportiva, mas a mudança de rumo não impediu que o talento do jovem fosse reconhecido nos Estados Unidos.
Cursando engenharia elétrica na UC Irvine, Fernando recebeu medalha de melhor estudante ainda não graduado da universidade, em 2019, pela colaboração no projeto ARIANNA. O circuito que o brasileiro acaba de ser enviado para a Antártida a fim de detectar a presença de neutrino de alta energia na região. “É muita responsabilidade construir um amplificador de alta performance para sobreviver em circunstâncias tão extremas. Estou muito orgulhoso de fazer parte desse projeto”, diz o estudante. O trabalho do brasileiro pode ajudar a descobrir a origem do neutrino, misterioso raio cósmico considerado um dos maiores quebra-cabeças da astrofísica.
Essa não é a primeira vez que um jovem do Brasil, ainda não graduado, ganha a atenção de centros de excelência nos Estados Unidos. Na última edição da Intel ISEF, maior feira internacional de Ciências e Engenharia para quem ainda não concluiu o ensino superior, oito medalhas foram entregues a estudantes do Brasil, país mais premiado da América Latina.
Se de um lado os brasileiros têm motivos para celebrar, de outro, o país tem visto um aumento no êxodo de seus melhores estudantes de Ciências e Engenharia. “Infelizmente, seria muito difícil participar de um projeto dessa magnitude se estivesse estudando no Brasil”, comenta Fernando, que acaba de ser contratado pela Qualcomm, uma das maiores empresas de telecomunicações do mundo.
De acordo com o relatório Open Doors, do Departamento de Estado americano, o número de estudantes brasileiros em universidades dos Estados Unidos aumentou 9,8% no último ano, chegando a 16.059 no período letivo de 2018/19. O Brasil fica em 9.º lugar no quadro geral, atrás da China e de outros países da Ásia e do Oriente Médio, além do Canadá.
O estudo mostra que mais da metade (51,6%) de todos os estudantes internacionais estudam nas áreas STEM, com um em cada cinco estudando Engenharia. Pelo quinto ano consecutivo, Matemática e Ciência da Computação foram os campos de estudo que mais cresceram (+9,4%). No último ano, a maior parte dos estudantes brasileiros nos Estados Unidos (7,7 mil) fazia graduação. Outros 4,7 mil cursavam mestrado ou doutorado.
Os Estados Unidos continuam a ser o principal destino de estudantes internacionais no mundo. Com mais de 1 milhão de estrangeiros matriculados no ensino superior americano no último ano letivo, o país arrecada cerca de US$ 45 bilhões anuais para a economia.
Website: http://arianna.ps.uci.edu/
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