Categories: Comunicação

Câmara debate proteção de criança em ambiente digital

A preocupação global crescente com o tipo de mensagem promocional a que os jovens estão sendo expostos e sua susceptibilidade no ambiente digital motivou, por iniciativa do deputado Jadyel Alencar, a Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados a debater a questão da salvaguarda de dados e a publicidade online direcionada às crianças e aos adolescentes.

O desafio é estabelecer boas práticas que garantam a não exploração das vulnerabilidades das crianças, que são alvos dos mais diversos anúncios, desde jogos eletrônicos a roupas e comidas, por exemplo, sem qualquer controle sobre o conteúdo publicitário ofertado.

“É importante se buscar o equilíbrio entre estimular o uso das mídias de forma ética, segura e saudável, criando mecanismos que possam garantir maior controle parental e colaboração das plataformas, e coibir situações que exponham os menores a riscos”, afirma Patricia Peck. “Isto passa pela criação de canais de denúncia e fiscalização das autoridades, com capacidade de agir rapidamente para garantir o bem-estar da criança e do adolescente.”

Portanto, o debate se passa entre a educação no uso ético e saudável das mídias digitais pelos jovens e como trazer limites para garantir seu bem-estar e segurança, com definição clara de papéis e responsabilidades de todos os atores envolvidos: responsáveis legais, familiares, comunidade, plataformas e autoridades.

Nesse sentido, a presidente do Instituto Peck aponta uma alternativa para buscar mais transparência na interação nas redes digitais. “É possível criar um chip específico para uso de crianças e adolescentes, cadastrado e certificado pelos órgãos competentes. Esta solução já foi adotada por outros países, como Reino Unido e Filipinas, por exemplo. Desta forma, as plataformas saberiam que a conexão está sendo usada por uma criança e, portanto, teriam de aplicar as regras estabelecidas e ficariam sujeitas a penalidades, caso infrinjam as leis”, sugere.

“Por outro lado, o controle parental também seria facilitado com a criação do ‘chip kids’, pois os pais teriam a certeza de que a navegação pela internet não causaria danos aos seus filhos, desde que assumissem a responsabilidade de garantir a navegação dos menores somente de forma segura. Seria uma forma simples e direta de estabelecer transparência com responsabilidade das partes. Afinal, sabemos que simplesmente proibir não garante proteção. É preciso combinar informação com mecanismos de controle e denúncia, colaboração, fiscalização e educação,” enfatiza.

Nesse sentido, o Projeto de Lei 2628/2022 do senador Alessandro Vieira, reforça a importância de o Brasil adotar um marco legal sobre a proteção de crianças e adolescentes em ambientes digitais. “O artigo 17 do PL 2628 /2022 fala exatamente sobre a implementação de medidas técnicas a serem adotadas pelos provedores, fato que dialoga com a exigência do artigo 14 da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)”, finaliza Patricia Peck.

Compartilhe
0
0
DINO

Recent Posts

Começa a temporada para venda de ingressos dos Harlem Globetrotters hoje em sua turnê mundial de 2025

Em breve em cidades perto de você!Jersey Mike’s Subs é o patrocinador nacional oficial com…

17 horas ago

MidOcean Energy da EIG adquire participação adicional de 15% na Peru LNG da Hunt Oil Company

Investidor estratégico da MidOcean, Aramco, irá oferecer financiamento para investimento

17 horas ago

Camada de ozônio pode se recuperar em quatro décadas

Relatório destaca que eliminação global de produtos químicos ajuda a alcançar essa recuperação, mas queimadas…

17 horas ago

Tráfego pago acelera o crescimento nas vendas on-line

Grande volume de conteúdo disponível nas redes sociais faz da mídia patrocinada uma das principais…

17 horas ago

Dançaterapia promove cuidado integral do corpo, mente e alma

Também conhecida como terapia pela dança e movimento, o metódo é usado em contextos clínicos…

17 horas ago