A Fundação para a Infância e a Adolescência (FIA) lançou na quarta-feira, 22, uma campanha para evitar o desaparecimento de crianças no carnaval no Rio. Serão distribuídos 60 mil folhetos e pulseiras de identificação bilíngues. Atualmente, há no estado do Rio 507 crianças e jovens desaparecidos com idade até 21 anos, sendo 60 na capital.
Segundo a presidente da FIA, América Tereza, a campanha é importante porque, no momento da diversão, na apresentação dos blocos e durante os desfiles, muitos pais e mães se distraem. “Já fizemos [isso] outras vezes, em megaeventos realizados na cidade, e tivemos sucesso. Porém, entendemos que o carnaval sempre é o maior teste, já que é anual, e o mundo todo passa por aqui. Precisamos reforçar a cultura da identificação, que é a essência deste projeto. Queremos que as pessoas saiam de casa tranquilas e possam curtir a folia despreocupadas.”
América informou que os pais podem pegar a pulseira na base do Centro Presente, localizada na Praça Duque de Caxias, próximo da Central do Brasil. “Estaremos aqui durante todo o carnaval para quem precisar. Esse apoio do Centro Presente, BRT e VLT é vital para que a campanha se massifique. Inclusive, as pulseirinhas estão nos guichês desses modais para serem retiradas.”
“O importante, repito, é intensificar a cultura de identificar os filhos. Se não puderem pegar as pulseiras, que os pais improvisem um crachá, algo para que seja possível reconhecer a criança. Parece pouco, mas é algo que evita uma grande dor de cabeça no futuro”, destacou.
Crianças no carnaval = ação aprovada
A doméstica Eliane Alves, que passava pela Central do Brasil no momento do lançamento da campanha, aprovou a iniciativa. ”É muito importante, porque durante o carnaval se perde muita criança. A gente sempre escuta casos desse tipo. Seja nos desfiles, blocos, praia. Eu gostei muito e já aproveitei para pegar algumas pulseiras para a minha filha”.
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Reportagem: Felippe Fleh, estagiário sob a supervisão de Lílian Beraldo.