Sempre tive muito claro, desde o primeiro dia que empreendi, em 1º de novembro 2010, que montar uma boa equipe seria – como ainda é – o maior de meus desafios. Clientes são essenciais, saber monetizar a agência idem, aprender processos é fundamental, mas recrutar talentos é uma arte.
No meu caso, se trata, ainda, de uma questão de sobrevivência.
Tenho absoluta consciência que a Tawil Comunicação, agência que fundei em um quarto de casa, após passar 15 anos em redações (Jovem Pan, Jornal da Tarde e BandNewsFM), só chegou aonde chegou por conta dos times que formamos nesses anos todos.
Em menos de uma década, atendemos 90 marcas e negócios no Brasil e no exterior, e participamos efetivamente de projetos ligados às Olímpíadas e Paralimpíadas de Londres 2012 e Rio 2016, além da Copa do Mundo FIFA 2014.
Empresas são compostas por pessoas, portanto, nada mais óbvio reconhecer que são os times que as fazem chegar mais longe. No nosso caso, essa máxima tem se repetido diariamente. E felizmente.
São profissionais de todas as áreas – dos jornalistas aos designers, passando por limpeza e TI – que nos ajudaram e nos ajudam a contribuir com o aprimoramento do mercado da comunicação corporativa.
Brasil x Bolívia
Em nossa curta e intensa biografia, uma colaboradora, em especial, ficará marcada.
Guisela Torrez Quiroga, 24 anos, boliviana de La Paz, interessou-se pela vaga de designer que havíamos anunciado em 2016, no LinkedIn. O anúncio ficou no ar apenas dez dias e recebemos 500 currículos.
Passada a triagem e algumas entrevistas, fiz a minha escolha: em meio a centenas de postulantes brasileiros, contratei a “gringa”.
Guisela tinha chegado de La Paz havia apenas três meses, mal falava o nosso idioma, e buscava, determinada, uma vaga em sua área – um luxo do qual poucos, pouquíssimos, profissionais bolivianos têm direito no Brasil. Mas o portfólio dela tinha (e tem) tamanha qualidade, fora sua postura segura, que ela saiu da nosso bate-papo já contratada.
Nesse pouco mais de um ano, os desafios em ter uma profissional estrangeira foram grandes, mas não imensos. Guisela se esforçou para adaptar-se a nossa cultura empresarial e nacional, assim como nós a dela. Também aperfeiçoou o seu português, e procurou melhorar em tudo.
Friso aqui que ela está no Brasil sozinha, sem os pais ou irmã, apenas com uma tia que vê pouco.
Da nossa parte, buscamos oferecer respeito, integração, as melhores ferramentas de trabalho e feedback constantes.
Penamos para registra-la como designer e descobrimos, a duras penas, que um acordo do Mercosul oferece aos “hermanos” as mesmas condições de trabalho do que os brasileiros. E assim foi feito.
Dias atrás, Guisela me chamou para uma conversa. Estava preocupada. O motivo: “ser demitida”.
Nossa designer não sabia qual seria a minha reação, como diretor, ao saber que ela fora aceita no Mestrado de Artes Visuais da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.
Minha reação? Primeiro, dei-lhe um abraço apertado com imensa felicidade imensa por ela e sua família. Falei do meu orgulho em termos uma jovem mestranda da USP em nossa equipe e, por fim, alegria por confirmar que, lá atrás, havíamos escolhido a profissional certa para o cargo certo.
Parabéns, Guisela, o Brasil também é seu!
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