Em cinco anos, brasileiros vão gastar mais de 65% dos dados móveis para ver vídeos

A 18ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia apresentada pela PwC revelou que em cinco anos os brasileiros gastarão 68% do pacote de dados de internet para assistir vídeos. O estudo indica que o crescimento do mercado de vídeo no país é direcionado pelas gerações millenium e Z – nascidos depois da década de 1980. Apresentado nesta quarta-feira, 7, o levantamento faz projeção de 17 segmentos para os próximos 5 anos.

De acordo com o estudo, o brasileiro não deixou o hábito de ver vídeos, mas a forma como as pessoas assistem mudou. Agora, os consumidores buscam conteúdo customizado e que esteja acessível quando e da maneira que ele desejar – em qualquer lugar e a qualquer momento. O segmento de vídeo na internet tem previsão de crescimento de 9% ao ano.

Assim, espera-se que o consumo de dados em dispositivos móveis cresça 28% ao ano, passando de sete trilhões de megabytes em 2016 para 24 trilhões em 2021, quando 177 milhões de pessoas deverão ser assinantes de internet móvel no país. Sócia da PwC e especialista em mídia e entretenimento, Estela Vieira afirma que este cenário “deverá impulsionar o crescimento das plataformas digitais, com reflexos positivos nos mercados de games, música e publicidade na internet”.

Ainda segundo o estudo da PWC, o mercado brasileiro de mídia e entretenimento movimentou US$ 35 bilhões no último ano, valor que ficou US$ 3 bilhões abaixo do estimado na 17ª edição. A empresa avaliou que segmentos como revista, livro, jornal e rádio foram os mais impactados pela transformação digital no país, “em que o maior acesso à internet levam o usuário a utilizar novas mídias e buscar outras experiências online de consumo”.

Outros mercados digitais se destacam no Brasil, segundo o levantamento. O streaming de música deve ser dez vezes maior em relação ao consumo de mídia física, mantendo o Brasil como líder no segmento na América Latina; os games para dispositivos móveis têm projeção de crescimento de 26% ao ano e receita estimada em US$ 12 bilhões em 2021; enquanto o mercado de TV por assinatura tem expectativa de que os gastos do consumidor com o serviço aumentem 2,4% ao ano.

Investimento em publicidade

“Com a crescente demanda dos consumidores por novas mídias, a atenção dos anunciantes têm se voltado para as plataformas digitais, embora os meios tradicionais continuem concentrando os investimentos”, explicam os responsáveis pelo estudo.

Em 2016, os gastos totais com publicidade on e off-line chegaram a US$ 10 bilhões. Cerca de 80% do montante foi destinado às mídias tradicionais. Para os próximos cinco anos, a projeção é que os gastos com publicidade na internet cresçam 11,9% ao ano até 2021, chegando a US$ 3,6 bilhões, enquanto nas mídias tradicionais se espera crescimento de 3,5% ao ano.

Outros dados do estudo

A 18ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia prevê que o faturamento do setor no Brasil chegue a US$ 43,7 bilhões em 2021. De acordo com a PwC, as projeções sofreram redução em relação à edição anterior da pesquisa. Em 2016, esperava-se que o mercado crescesse a taxa média anual de 6,4%. Agora, a expectativa é que o faturamento aumente 4,6% ao ano.

Globalmente, o mercado de mídia e entretenimento deve crescer 4,2% ao ano, índice menor do que os 4,4% anuais previstos na edição anterior do estudo. Para os responsáveis pelos indicadores, instabilidades geopolíticas e econômicas em vários países explicam a redução das expectativas mundiais de crescimento do setor.

“No Brasil, a desvalorização do real em relação ao dólar e a recessão na economia contribuíram para este cenário”, indica a PwC. Apesar disso, o país continua ocupando a 9ª posição no ranking global de mercados. Mais informações sobre o estudo podem ser consultadas por meio deste link.

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Tácila Rubbo

Formada em jornalismo pela Fiam-Faam. Foi trainee de redação do Portal Comunique-se de setembro de 2016 a abril de 2018. Começou na empresa como estagiária, função que desempenhou por um ano e dez meses. Depois, foi a responsável pelo conteúdo de parceiros publicado no site, avaliando os materiais recebidos e mantendo contato com os “articulistas-parceiros”. Cuidou de produções externas e, claro, produziu notas e reportagens especiais. Desde maio a agosto de 2018, foi analista de social media do Grupo Comunique-se.

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