As mulheres trabalham cerca de 7,5 horas a mais do que os homens na semana devido à dupla jornada, conforme levantado pelo estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, publicado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2017, que foi elaborado com base nas séries históricas de 1995 a 2015 dos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sendo essa a origem de um dos maiores desafios da mulher que empreende, e que precisa conciliar as infinitas atividades empresariais com as pessoais.
A dupla jornada inclui tarefas domésticas e trabalho remunerado, e de 2016 para 2019, essa diferença entre as médias masculina e feminina aumentou de 9,9 para 10,4 horas semanais, sendo necessário adotar estratégias e ferramentas para lidar com esse cenário.
Por mais que a sociedade tenha avançado nas conquistas femininas, muitos papéis ainda são atribuídos exclusivamente à mulher, e por ela espera-se que sejam desempenhados, pois a sua inserção no mercado de trabalho formal e na liderança e gestão de empresas, trouxe implicações, como: necessidade de adaptação à rotina, conciliação das responsabilidades pessoais e profissionais, muitas vezes abdicando de tempos de lazer e descanso, sobrecarga e exaustão emocional e física, conforme aponta o estudo.
Para auxiliar no atendimento à essas demandas, Deiah Rodrigues da Ela Acelera, especialista CBPP (Certified Business Process Professional), que é uma certificação internacional que valida o conhecimento, experiência, habilidade e expertise do profissional em Gerenciamento de Processos de Negócio – BPM, faz algumas recomendações para uma Gestão Convergente de Negócios, que podem ajudar as empreendedoras a melhorarem a produtividade, buscando a convergência entre a vida pessoal e a profissional.
“Convergência é quando estamos direcionando ações para um ponto comum, e no desenho de Processos, podemos comparar com conectores, que são elementos de ligação da sequência dos fluxos de trabalho”, esclarece Deiah Rodrigues.
Trazendo isso para o dia a dia das empreendedoras, pode ser tangibilizado através das ações abaixo:
Essas dicas são pautadas em uma das principais conclusões do Well-Being Learning Project, que é um dos maiores estudos realizados até hoje sobre o esforço corporativo para estabelecer uma cultura de qualidade de vida. Realizada em conjunto com o Center for Effective Organizations da University of Southern California, a pesquisa envolveu mais de 1.400 profissionais da PwC, PricewaterhouseCoopers Brasil Ltda., e examinou comportamentos organizacionais, individuais e de equipe que realmente fazem a diferença para o bem-estar das pessoas e do negócio em geral.
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