São Paulo, SP 11/11/2020 – Acredito que o cinema nacional não é menos rico em referências filosóficas e material de trabalho para professores e alunos de filosofia e psicologia.
Em meio a uma pandemia global e com as autorizações para gravações suspensas na maior parte do mundo, estúdios e distribuidoras olham com preocupação a estagnação de produções e prazos vencidos. Mas para Demetrius Suirtemed e uma geração de cineastas que se desenvolveram já na era on-line e multidisciplinar isso não parece ser um grande problema devido à facilidade de se adaptar aos novos modelos e à habilidade de usar seus conhecimentos para continuar contando histórias através das redes sociais.
O diretor de cena e publicitário mineiro Demetrius Suirtemed é um deles. Com pouco mais de 15 anos atuando no mercado publicitário, 3 à frente da produtora cinematográfica Starcine e já tendo prestado seus serviços para agências históricas como a WMcCann (ex-agência do internacionalmente conhecido Washington Olivetto) e a DM9 (atualmente dissolvida pela DDB e que já foi liderada pelo igualmente importante publicitário Nizan Guanaes) o jovem de 33 anos que já se considera mais paulistano que mineiro, devido ao tempo em que vive na capital mas que não abre mão do seu sotaque característico, soube aproveitar bem esse período de baixa nas produções e aplicou suas habilidades de escrita na produção e publicação de um livro que aborda especificamente as relações entre o cinema brasileiro e a filosofia clássica.
Segundo Demétrius o livro “Cinema, storytelling e filosofia” com previsão de lançamento para o dia 20 de dezembro de 2020, é um apanhado de 42 artigos que abordam de Hamlet à Cidade de Deus, de Aristóteles e Epicuro ao Capitão Nascimento explicando as influências da filosofia clássica na contação de histórias contemporânea.
O cinema concretizou, na era moderna, o postulado de Platão segundo o qual os indivíduos vivem em uma caverna e confundem suas sombras com a realidade; assim, mesmo os espectadores primitivos de Lumière pensavam que o trem sairia da tela e irromperia pela sala. E até Woody Allen, quando esse mal-entendido metafísico já estava esclarecido, brincou com essa confusão ontológica em “A rosa púrpura do Cairo” (1985), fazendo seu protagonista literalmente sair da tela. Outros cineastas brincaram com o mistério metafísico do invisível fora de campo, como ocorre com os burgueses que não conseguem sair de uma sala elegante em “O anjo exterminador” (1962), de Buñuel, enquanto os corredores intermináveis que não vão a lugar algum em “O ano passado em Marienbad” (1961), de Alain Resnais, são uma metáfora do extravio existencial.
“O cinema nacional não é menos rico em referências filosóficas e material de trabalho para professores e alunos de filosofia e psicologia”, afirma Demétrius. Que pretende aumentar o arsenal do ensino das matérias científicas e artísticas com a publicação que estará disponível em versão digital e física na Amazon a partir do seu lançamento.
O lançamento, que acontecerá com a leitura dos primeiros capítulos, será realizado on-line devido ao distanciamento social e poderá ser acompanhado pelo Instagram @demetrius.mp4 e no canal do YouTube Startrip (https://www.youtube.com/startrip).
Website: https://ww.instagram.com/demetrius.mp4
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