“O Brasil não é conhecido pela sua pré-produções, a gente pré-produz muito mal”, diz Raphael Borgui
Fantasiada de Annabelle, Krishna Mahon entrevistou, para a Imprensa Mahon, Kapel Furman, Armando Fonseca e Raphael Borghi, da produtora Infravermelho Filmes e do CineLab – série reality que acompanha esses especialistas em efeitos especiais, coproduzida pela Boutique Filmes, Universal Channel e Syfy, em sua 4ª temporada e exibida em 10 países –, durante a última Grotesc-O-Vision, mostra internacional dedicada ao cinema de horror e grotesco.
Questionado sobre um erro a ser evitado, Kapel Furman respondeu: “Se achar genial e colocar o seu ego acima da obra”. Já Raphael Borgui disse: “ Façam uma pré-produção bem sólida. O Brasil não é conhecido pela sua pré-produções, a gente pré-produz muito mal. Não sei é uma falta de amor de quem trabalha com cinema em realizar o filme dos outros. Por exemplo, você vai trabalhar numa produtora, e como você já trabalha há muito tempo, você trabalha como se estivesse apertando um botão, ou batendo carimbo, saca? Faz no automático. Provavelmente a falta de inserção da produtora em chamar os profissionais para criar junto com eles, coletivizar, faz com que os profissionais tenham falta de amor pelo contudo, e daí a produção vai rolando da forma que dá”.
Armando Fonseca concordou com seu sócio e emendou: “Faz todo o sentido. Nós não temos acesso à produções milionárias no Brasil, o que a gente faz é filme independente, que a gente alcança um resultado com uma qualidade visual interessante pra comercializar e vender pra outros canais. O que a gente tem aqui é tempo, então gaste seu tempo pra planejar o seu filme, pra não dar nada errado na hora do set. Chegou no set é caro, tá todo mundo lá. Se você para por duas, três ou cinco pra organizar uma coisa no set já perdeu a diária, perdeu muito dinheiro. Se você não tem dinheiro se organiza, pré-produz, senta e escreve direito”, afirmou.